IPCA

O que é IPCA?

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mede a variação dos preços de produtos e serviços para o consumidor final.

O IPCA é também considerado como o principal indicador para a taxa de inflação do Brasil.

IPCA Acumulado e inflação anual

O IPCA é obtido a partir da coleta de preços ao longo dos dias de um mês. Esses valores são comparados com o período base anterior, sendo calculada a taxa que indica a inflação no país.

Os valores mensais do índice vão se acumulando, e assim, se obtém a taxa de aumento dos preços para o ano, ou seja, a inflação acumulada dentro do período anual.

Tabela IPCA acumulado

Os valores atuais da inflação brasileira podem ser acompanhados na tabela abaixo:

Tabela IPCA 2021

Mês Valor mensal (%) Acumulado no ano (%) Acumulado em 12 meses (%)
JAN 0,25 0,25 4,56
FEV 0,86 1,11 5,20
MAR 0,93 2,05 6,10
ABR 0,31 2,37 6,76
MAI 0,83 3,22 8,06
JUN 0,53 3,77 8,35
JUL 0,96 4,76 8,99
AGO 0,87 5,67 9,68
SET 1,16 6,90 10,25
OUT 1,25 8,24 10,67

O IBGE disponibiliza os valores para o IPCA do mês, analisado no mês anterior, apresentando também o acumulado no ano e o dos últimos 12 meses.

Em 2020 o acumulado da inflação brasileira foi de 4,52%. Confira os resultados na tabela:

Tabela IPCA 2020

Mês Valor mensal (%) Acumulado no ano (%) Acumulado em 12 meses (%)
JAN 0,21 0,21 4,19
FEV 0,25 0,46 4,01
MAR 0,07 0,53 3,30
ABR -0,31 0,22 2,40
MAI -0,38 0,16 1,88
JUN 0,26 0,10 2,13
JUL 0,36 0,46 2,31
AGO 0,24 0,70 2,44
SET 0,64 1,34 3,14
OUT 0,86 2,22 3,92
NOV 0,89 3,13 4,31
DEZ 1,35 4,52 4,52

Além de definir a inflação para o país, o IPCA também serve como meta a ser seguida pela política monetária do Banco Central. Em 2021 a meta de inflação é de 3,75% no ano, com um mínimo de 2,25% e máximo de 5,25% considerando a margem de 1.5 pontos percentuais.

Os valores dos últimos anos são apresentados abaixo:

IPCA nos últimos anos

Ano Inflação acumulada (%)
2019 4,31
2018 3,75
2017 2,95
2016 6,29
2015 10,67
2014 6,41
2013 5,91
2012 5,84
2011 6,50
2010 5,91
2009 4,31
2008 5,90
2007 4,46
2006 3,14
2005 5,69

Vale lembrar que a maior inflação brasileira foi de 2.477,15% no ano de 1993, pouco antes do Plano Real.

Como é medido o IPCA

Este índice é produzido pelo IBGE a partir do Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor (SNIPC). Ele analisa estabelecimentos comerciais e de prestações de serviços, em diferentes regiões metropolitanas do Brasil.

O foco deste índice feito pelo IBGE, são os bens destinados a consumidores e suas famílias, com rendas entre 1 e 40 salários mínimos e suas despesas no mês.

As despesas consideradas são divididas em grupos que fazem parte do orçamento familiar:

  • • Alimentação e bebidas;
  • • Transportes;
  • • Habitação;
  • • Saúde e cuidados pessoais;
  • • Despesas pessoais;
  • • Vestuário;
  • • Comunicação;
  • • Artigos de residência;
  • • Educação.

Além da variação dos preços, também são considerados os pesos que cada uma dessas despesas possuem no orçamento familiar.

Pelos valores do IPCA dizemos que, quando ele aumenta, os preços aumentaram com mais intensidade, e quando diminui significa que os preços cresceram com menor intensidade. Se acontecerem valores negativos, houve uma deflação, ou seja, os preços realmente caíram.

Importância dos valores do IPCA

Ao servir como a inflação oficial, indica o quanto alterou o poder de compra dos consumidores no período estabelecido. O mesmo serve como indicador para quem faz uma aplicação financeira, por exemplo.

O IPCA serve, por exemplo, para a determinação da taxa básica de juros, SELIC. A partir dela é que se determina a remuneração de investimentos ou as taxas de empréstimos.

Diferenças entre IPCA e o INPC

O sistema de coleta do IBGE também realiza nos estabelecimentos o levantamento dos preços para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). A diferença é que a população pesquisada apresenta rendimentos entre 1 e 5 salários mínimos.

Ao considerar uma faixa salarial menor, existe mais intensidade na variação dos preços às famílias de rendas mais baixas, principalmente entre setores mais básicos, como o de alimentação.

Fontes:

Dicionário Financeiro