Desejo-lhes uma leitura abençoada!

Bibliologia

“BIBLIOLOGIA”

Terminologia:

Bíblia: Derivado de biblion, “rolo” ou “livro” (Lucas 4.17).

Escrituras: Termo usado no Novo Testamento para os Livros do AT, que eram considerados inspirados por Deus (II TM 3.16 – RM 3.2) e também usados no Novo Testamento com referências a outras porções (II PE 3.16).

Palavra de Deus: Usada em relação a ambos os Testamentos em, sua forma escrita (Mateus 15.6 – João 10.35 - Hebreus 4.12).


A Bíblia é composta de duas divisões que chamamos de Velho e Novo Testamento.

Muitos dizem. “A Bíblia é um simples livro, escrita por homens”. Bom, que ela foi escrita por homens, concordamos os “Copistas” ou “Escribas” eram homens comuns como qualquer um de nós, porém escreveram inspirados por Deus, e por tal não podemos considerar a Bíblia como um “simples livro”, se a Bíblia fosse um livro comum a muito já teria desaparecido da Terra, pois muitos a odeiam.

A Bíblia é composta de duas divisões que chamamos de Velho e Novo Testamento. O Velho Testamento é composto por 39 livros, conta-nos sobre a criação do Universo, dos homens e animais, e também como o homem caiu nas garras do pecado, ensina-nos também através dos profetas, sacerdotes e homens de Deus como Deus preparou um plano maravilhoso para salvar o Homem.

Todo o Velho Testamento apontou para este plano, a promessa de um salvador, um libertador, Jesus o Messias.

No Novo Testamento retrata a manifestação da graça salvadora, Jesus o Cristo, o Messias, O Ungido de Deus, que veio ao mundo para salvar o homem.

Tanto no Velho Testamento, quanto no Novo a figura central é o Senhor Jesus.

“PEQUENA HISTÓRIA DA BÍBLIA“

1. Antes de existir uma Bíblia.

Antes de existir a Bíblia Deus transmitia Sua vontade a homens santos que andavam em comunhão com Ele. Adão, Abel, Sete, Enos, Enoque, Noé, Abraão, Isaque, Jacó e José. Todos eles transmitiam oralmente tudo o que recebiam de Deus.

Somente a partir de Moisés Deus determinou que fossem escritas Suas leis (Ex. 24.4), a partir de então vemos referências que nos mostram que homens de Deus passaram a escrever, inspiradamente pelo Senhor (II Sm. 23.1 – Lucas 1.1-4 – Apocalipse 1.1,2)

2. Quando e por quem a Bíblia começou a ser copilada?

a) Como já vimos, a partir de Moisés 1.500 aC. O relato da vontade de Deus passou a ser escrito, através das épocas, homens de Deus passaram a registrar Sua vontade, recebiam através de direta inspiração. Vemos a ordem do Senhor a Moisés que escrevesse sobre a peleja contra Amaleque num livro (Ex. 17.14). A partir de então, homens guiados pelo Espírito de Deus passaram a escrever tudo quanto o Senhor determinava.

Moisés escreveu o Pentateuco (os primeiros 5 livros – Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio). Muitas vezes vemos nesses livros a expressão “O Senhor disse a Moisés” desde então homens santos começaram a escrever todas as recomendações que da parte de Deus ouviam.

3. Preservação e Divulgação da Bíblia

Por se tratar da Palavra de Deus sempre houve grande perseguição com relação a ela, poderosos homens; Reis, Imperadores, Governadores, Sacerdotes Pagãos, e Religiosos inescrupulosos tentaram desacreditá-la e eliminá-la, porém nunca conseguiram. Homens iníquos, inspirados por satanás fizeram de tudo para que não fosse divulgada e chegasse às mãos dos homens. Muitos homens de Deus pagaram com a própria vida para que as Sagradas Escrituras chegassem até nós, citaremos dois deles que já estão na glória eterna desfrutando da presença do Senhor.

João Wycliffe foi o maior erudito de seu século (XIII), foi chamado de “O primeiro Protestante”, porque pregou durante muitos anos, contra o domínio de Roma, suas heresias e seus erros doutrinários.

Roma comandava religiosamente e politicamente a Inglaterra, poucos sabiam ler o Latim, língua oficial para os Sacerdotes de Roma. Wycliffe defendeu o direito de cada homem ler a Bíblia para si mesmo, ele resolveu dar aos Ingleses a Bíblia em sua língua materna.

Foi muitas vezes preso, e perseguido, porém Deus sempre o livrou das garras de Roma, conseguiu seu intento, fez uma versão Inglesa da Palavra de Deus.

Wycliffe morreu tranqüilamente em sua casa. Depois de quarenta anos de sua morte, por ordem do papa seu túmulo foi violado e o caixão e o esqueleto foram queimados.

Willian (Guilherme) Tyndale foi grandemente perseguido na Inglaterra, em 1524 viajou para a Alemanha e outras partes da Europa, sempre perseguido por causa de sua fé e esforços para dar a Bíblia ao povo comum. Estudava e traduzia em segredo, buscava impressoras evangélicas para imprimir o Novo Testamento. Cerca de 18000 exemplares foram passados para a Inglaterra por contrabando. Os Bispos católicos mantinham soldados inspecionando os barcos que chegavam a todos os portos ao leste da Inglaterra. Conseguiram achar centenas de exemplares do Novo Testamento, os quais queimaram publicamente nas praças de Londres.

Porém por causa da fome do povo em receber a palavra de Deus milhares de exemplares chegavam às mãos dos sedentos.

Os Bispos compravam milhares de exemplares, todos os que encontravam para posteriormente destruírem, porém este ato aumentou a demanda da Bíblia e o dinheiro possibilitou a Tyndale a imprimir mais. A Igreja de Roma procura prender Tyndale de todas as maneiras, por fim o prenderam e o queimaram na Praça de Antuérpia.

Porém sua morte não impediu que os Ingleses recebessem a palavra de Deus, sua influência contaminou a Inglaterra.

A tradução de Tyndale é a mais amada da Inglaterra até os dias de hoje.

4. Manuscritos Originais

Muitas vezes ouvimos falar em “Manuscritos Originais”, porém sabemos que nem do Novo, quanto do Velho Testamento existem cópias originais. O que conhecemos hoje como cópias originais, são cópias autênticas copiladas antes da deterioração dos originais, que eram reverentemente enterrados após ter a cópia sido feita. Talvez Deus tenha permitido que não restasse nenhum original para que o povo não os tomasse como objeto de culto – (II Reis 18.4).

5. Manuscritos Existentes

Manuscritos Hebraicos do Velho Testamento – os mais antigos datam de VIII século depois de Cristo.

Manuscritos do Novo Testamento – os mais antigos datam de IV d.C

Manuscritos Gregos do Velho Testamento (Septuaginta – 277 aC),

Manuscritos em Latim, Alemão e Siríaco... (várias datas)

6. Para a formação de um Cânon era Necessário.

a) Livros existentes

b) Vários livros de um caráter semelhante, não podendo haver contradições.

c) Uma religião comum

d) Uma Nação ou um povo unido e ligado por suas instituições religiosas

e) Um idioma comum

O Cânon do Novo Testamento foi formado pouco a pouco pela Igreja cristã durante os dois primeiros séculos. Os livros de, Tiago, Hebreus, II Pedro e III João, Judas e Apocalipse geraram um pouco de dúvidas em algumas Igrejas quanto à inspiração divina, porém em 397 d.C. no Concílio de Cartago todo o Cânon do Novo Testamento como o conhecemos estava completo.

Com estes itens a serem observados claramente eram identificados os livros espúrios ou falsificados, por esse motivo não são considerados os livros Apócrifos da Igreja de Roma.

7. Unidade da Bíblia

a) Todos os seus autores enfatizam a soberania e justiça de Deus,

b) Todos condenam o pecado do homem – sua rebelião contra Deus,

c) O pecado vai de Gênesis a Apocalipse. Deus busca salvar o homem rebelado,

d) Os sacrifícios no Antigo Testamento pré-figuram o sacrifício de Cristo no Novo Testamento

d) A figura do Redentor, Salvador, Messias, Cristo; cumpre-se em Jesus Cristo, no Novo Testamento,

e) Jesus Cristo é o cumprimento das Profecias (Ev. Mateus).

8. Veracidade da Bíblia

a) Cumprimento das profecias confirmadas pelas descobertas arqueológicas;

b) Concordância dos relatos bíblicos com os relatos da história a que se referem,

c) A aceitação, preservação e canonização das epístolas,

d) Princípios de vida nela propostos são comprovados na existência humana (João 7.16,17)

9. Datas Importantes para a História da Bíblia

397 d.C. Concílio de Cartago publicou uma lista de 27 livros do Novo Testamento como o conhecemos hoje,

1250 d.C. A Bíblia foi dividida em Capítulos pelo Cardeal Hugo

1383 d.C. Versão de João Wycliffe.

1560 d.C. A Bíblia foi dividida em versículos, na versão de Genebra, foi elaborada pelos reformadores da rainha Mary. Foi à primeira Bíblia inteira dividida em versículos e também a omitir os Apócrifos

1495 d.C. A primeira porção bíblica em Português (Ev. Mateus) publicada a mando de Dona Leonor, esposa do rei D. João II,

1506 d.C. Pela mesma rainha, foi publicado os seguintes livros. Atos, Tiago, João e Judas.

1536 d.C. Publicado na Alemanha o Novo Testamento por Willian Guilherme Tyndale

1530 d.C. Publicado por Tyndale o Pentateuco

1537 d. C. Publicado a Bíblia em Inglês. Esta Bíblia foi resultado do trabalho de Tyndale, porém por causa do ódio a Tyndale foi publicada com o nome de Bíblia de Mateus,

08.04.1546 – Somente nesta data no concílio de Trento os 14 Livros Apócrifos foram reconhecidos pela Igreja Romana,

1611 d.C. Versão autorizada, publicada sob a direção de Jaime I, a versão mais usada na Inglaterra,

1681 d.C. O primeiro Novo Testamento traduzido por João Ferreira de Almeida na Cidade de Amsterdã – Holanda,

1753 d.C. Traduzido por João Ferreira de Almeida o Velho Testamento de Gênesis a Ez.l 18.21

1778 d.C. Foi publicado o Novo Testamento pelo Pe. Antônio de Figueiredo

1783 d.C. Foi iniciado por Antonio Figueiredo a tradução completa do Velho Testamento que foi completado em 1790

1819 d.C. Neste ano foi publicada a Bíblia completa, versão Almeida.

1821 d.C. Neste ano foi publicada a Bíblia completa na versão Figueiredo.

1885 d.C. A Bíblia foi dividida em parágrafos.

1917 d.C. Foi publicada a versão brasileira, sob a direção da Sociedade Bíblia Americana e Inglesa.

1946 d.C. Publicada a versão do Pe. Matos Soares (Versão vulgata de 1592)

1946 d.C. Publicação do Novo Testamento Versão Pe. Matos Soares em Braile (Sociedade Bíblica Americana)

1952 d.C. A primeira Bíblia impressa no Brasil Edição Almeida Revista e Corrigida, Imprensa Bíblica Brasileira, Pelo Pe. Frederico Vitole,

10. Curiosidades.

Por volta de 1400 levava-se cerca de 10 meses para um escriba copilar em Pergaminho uma Bíblia completa. Com a invenção da Imprensa por Gutenberg em 1454 a Bíblia pode rapidamente ser espalhada pelo mundo.

O Pergaminho foi inventado na Cidade de Pérgamo Havia rigorosas regras a serem observadas pelos Escribas para a compilação dos pergaminhos sagrados.

A saber:

O Pergaminho tinha que ser feito com pele de animais limpos,

Cada cópia tinha que ser feita de um manuscrito original,

Tinha que ser escrito com tinta preta,

Queimavam todo o rolo se errassem alguma palavra,

Era necessário recitar em voz alta antes de escrever, de maneira nenhuma podiam escrever de memória,

Limpavam reverentemente a pena antes de escrever o nome de Jeová, e Tomavam banho antes de escrever o nome sacro-Santo de Jeová.

O primeiro homem a escrever a palavra inspirada de Deus foi Moisés (1500 aC), e o último João (100 d.C)

O Velho Testamento foi escrito em Hebraico, com algumas porções em Aramaico, já o Novo Testamento foi todo escrito em Grego, a língua popular conhecida como Koiné.

Lição 1 - ESTRUTURA DA BÍBLIA

As Duas Grandes Divisões.

Antigo Testamento. Sagradas Escrituras do Povo Hebreu

Novo Testamento. Livro Base do Cristão

A Bíblia teve mais de 40 escritores, o interessante notar é que apesar das diferenças entre eles todos escreveram numa concordância precisa.

Sacerdotes, Profetas, Estadistas, Reis, Pastores, Pescadores, e um médico. Foi escrita no decorrer de 1500 anos, mantendo esta concordância sincronizada conforme conhecemos.

Lição 2 - A DIVISÃO DA BÍBLIA.

O Velho Testamento. Tem 5 divisões e é composto de 39 Livros

1ª Divisão - LEI

O Pentateuco. Livro da Lei – Torá, nome dado aos cinco livros da Bíblia.

Gênesis: A origem do povo de Deus

Êxodo: Libertação do jugo egípcio

Levítico: A forma de culto do povo Hebreu

Números: A peregrinação pelo deserto

Deuteronômio

Esboço do conteúdo

• GÊNESIS

Mundo criado por Deus

Homem a semelhança de Deus

Livre-arbítrio e pecado

Dilúvio: Julgamento sobre o pecado

Torre de Babel: Julgamento sobre o pecado

Abraão. Fé e obediência

Isaque e Jacó – Herdeiros das promessas, juntamente com Abraão compõem o patriarcado do povo hebreu,

José. Símbolo de obediência e confiança em Deus

• ÊXODO

Escravos: Construíam templos pagãos em lugar de testemunhar seu Deus

Deus liberta o povo – PÁSCOA (Ex. 12)

Quarenta anos de peregrinação pelo deserto para conhecer a Deus.

O povo da Lei, (Ex. 20)

O Tabernáculo: Sinal visível da presença de Deus

• LEVÍTICO

O livro de instruções para o culto

As cinco oferendas ou sacrifícios

A primeira parte do livro. Como se apresentar diante de Deus

A Segunda parte. O viver diário, santo e separado da idolatria dos povos vizinhos,

a) Holocausto ou oferta queimada

b) Oferta de manjares

c) Sacrifícios pacíficos

d) Oferta pelo pecado

e) Oferta pela culpa

• NÚMEROS

A peregrinação pelo deserto. Pela falta de fé (Nm. 13 e 14), deixaram de entrar na terra prometida.

Dois censos para formar o “exército” que tomaria a terra prometida

a) O primeiro ficou peregrinando no deserto

b) O segundo exército, trinta e oito anos depois, passou o Jordão e conquistou a terra

• DEUTERONÔMIO

Últimas instruções de Moisés ao povo,

Três discursos de Moisés recordando a direção e proteção de Deus sobre o Seu povo

Repetição da Lei adaptada à nova vida, mais “sedentária” na terra prometida; diferente da vida “nômade” no deserto.

A bênção de Deus decorrência da obediência à Sua Lei

2º Divisão – LIVROS HISTÓRICOS - Josué, Juizes, Rute, I e II Samuel, I e II Reis, I e II Crônicas, Esdras, Neemias e Ester (12 Livros).

• JOSUÉ (Conquista de Canaã)

Após a morte de Moisés, Deus levanta Josué para levar o povo Hebreu a possuir a Terra Prometida, a primeira Cidade a ser conquistada foi Jericó, a estratégia de conquista foi dividir o Norte do Sul, tomar o Norte e tomar o Sul.

Foi permitido aos povos conquistados permanecer na terra, e não foram expulsos. Em Siló (paz) ergueram a tenda da Congregação.

Josué infelizmente não deixou nenhum líder, juntamente com Josué conduziam o povo 70 anciãos, com a morte de Josué e a dos anciãos, Israel entrou num período de grandes trevas espiritual e apostataram da fé, imoralidade, idolatria, opressão do povo, cada um fazia o que achava certo, começaram a cultuar os Terafins, etc...

• OS JUÍZES.

Neste tempo Israel entrou num período de grande apostasia, até Deus levantar os legisladores (Juizes) que estariam velando pela ordem moral e espiritual dos Judeus.

O primeiro Juiz Otoniel e o último Samuel que detinha as funções de. Juiz, Profeta e Sacerdote.

Nesta época, a Lei de Deus foi esquecida, a página brilhante deste período é o relato no livro de Rute, a jovem Moabita que escolheu pertencer ao povo de Deus.

• A MONARQUIA.

Os livros de I e II Reis, I e II Crônicas relatam os feitos dos soberanos do povo de Deus, tanto em Israel como em Judá.

A monarquia de Saul, Davi e Salomão durou pouco mais de cem anos.

Os reis entre os Hebreus eram “ungidos de Deus” – sujeitos a Sua Lei, declarada pelos Sacerdotes e Profetas.

Saul, primeiro rei, estrategista militar. Por Sua presunção e desobediência foi rejeitado por Deus.

Davi, segundo rei, reinou sobre Judá (as duas tribos do sul) por sete anos, antes de ser aceito por Israel (as dez tribos do Norte).

Davi rei guerreiro expandiu as fronteiras de Israel, subjugando Edom, Amom, Moab e Filistia, fez de Jerusalém a Capital, levando para lá a Arca da Aliança.

Salomão, terceiro rei, famoso por sua sabedoria, sucedeu a seu pai Davi no trono.

Tornou-se celebre pela sua sabedoria, grandes construções (templo e palácio), teve um vasto império comercial, inclusive uma frota mercante. Teve a honra de construir o Templo dedicando-o a Deus. Seu reinado, porém terminou em meio a grande confusão religiosa e intrigas política.

• O REINO DIVIDIDO.

Com a morte de Salomão, seu filho Roboão assumiu o trono das tribos de Israel, menosprezando o conselho dos anciãos, ouvido os jovens, e desagradou às dez tribos pertencentes a Israel, que foram embora, ficando somente as tribos de Judá e Benjamim sob o seu reinado.

As tribos de Judá e Benjamim aceitaram a Roboão como rei, as dez tribos na região Norte escolheram a Jeroboão como rei.

• O REINO DE ISRAL, ou reino do Norte com a capital em Samaria, durou 209 anos, teve 19 reis, dos quais nenhum serviu ao Senhor.

Jeroboão, o homem que fez Israel pecar (I Reis 14.16) ergueu altares em Dan e Betel com Bezerros de ouro como se fosse Deus.

Apesar de Israel ter rejeitado a Deus, ainda assim não os deixou sem profetas, a saber. Elias, Eliseu, Amós e Oséias. O relato do fim trágico de Israel, quando foram assolados pela Assiria em 722 aC. Encontra-se em II Reis 17.

• O REINO DE JUDÁ durou 345 anos, tendo todos os seus reis da dinastia de Davi, 08 (oito) buscaram ao Senhor, os outros foram indiferentes ou idólatras.

Outros reis tementes a Deus foram. Asa, Josafa e Josias. Depois de Josias, que iniciou um reavivamento de pouca duração, o povo torna-se novamente para o mal, apostatando mais uma vez, o profeta Jeremias anunciou que viria o juízo de Deus, porém não foi ouvido. Em 588 aC. Os exércitos de Nabucodonozor tomam Jerusalém e levam os príncipes do povo para o cativeiro.

Os capítulos finais dos livros de Reis e de Crônicas e os capítulos 32 e 39 de Jeremias relatam este final de história.

Os remanescentes do Cativeiro Babilônico é que passam a ser chamados de Judeus.

• O CATIVEIRO BABILÔNICO

Esta parte da história está registrada nos livros de Ester, Jeremias, Ezequiel e Daniel. Quando a primeira leva de judeus foi levada para a Babilônia, Jeremias permaneceu em Jerusalém. De pronto começa a encorajar os que estão no cativeiro (Jeremias 29.10). No cativeiro construíram as Sinagogas, abandonaram a Idolatria, firmaram-se na lei.

• O RETORNO DO CATIVEIRO

Os livros de Esdras e Neemias narram o retorno do cativeiro e a reconstrução do Templo e as Muralhas de Jerusalém.

Zorobabel foi o responsável pela reconstrução do templo, concluída após cerca de quarenta anos.

Esdras Sacerdote e escriba trouxe a sinagoga para a Judéia. O livro de Esdras relata um incidente na vida do povo que não retornou a Judá.

Neemias deixa a corte Persa para governar, gratuitamente o povo judeu em Jerusalém.

Os fatos no livro de Ester deram-se na Pérsia.

3ª divisão – LIVROS POÉTICOS

• JÓ, poema sobre o sofrimento,

O livro de Jó é atribuído a Moisés, um drama escrito em forma de prosa e verso, buscando respostas para o sofrimento humano.

Como literatura entre as melhores, na compreensão do mundo físico, não tem rival. Elifaz, Bildade e Zofar, amigos de Jó, tentam convencê-lo de que seu sofrimento é resultado de pecado. Eliú declara que é para disciplina e fortalecimento.

Jó reconhece que pode acrisolar o seu caráter através do sofrimento, mas, ao mesmo tempo, reconhece que em sua natureza humana limitada não tinha condições de alcançar os desígnios infinitos de Deus.

• SALMOS, poesias para cantar,

Coleção de hinos de louvor escritos por Davi, Salomão, Asaf, Moisés, Jedutum e os filhos de Coré. Usados nos serviços religiosos. (Salmo 85, 89).

Quanto ao conteúdo classificam-se em.

a) Messiânicos

b) Hinos de louvor

c) Orações

d) Históricos

e) Didáticos

f) E sobre a Natureza

Os Judeus dividem os Salmos em 5 partes, conforme o seu conteúdo.

1ª - Parte. A criação do homem

2ª - Parte. Redenção

3ª - Parte. O santuário

4ª - Peregrinação do Povo de Deus

5ª - A palavra de Deus

• PROVÉRBIOS, poesias de sabedoria,

O livro de sabedoria para a juventude “Bússola para o viver do homem”. Coletânea de Conselhos, resultado da sabedoria e da experiência dos sábios em Israel. Salomão e outros (Provérbios 30 – 31). O uso dos “contrastes” é comum nos provérbios. O transgressor e o Justo, o sábio e o Insensato. (ver caps. 10 a 15).

• ECLESIÁTES, poema sobre a vida,

Eclesiastes ou “o pregador” é um poema sobre a vida. De acordo com o autor, tudo na vida não passa de orgulho e vaidade. Retrata o desapontamento de um homem idoso que se apercebe que as coisas deste mundo não satisfazem ao homem. Daí a admoestação final do livro. “Teme a Deus e guarda os seus mandamentos, porque isto é o dever de todo o homem”. (Ecl. 12.13).

• CANTARES, um poema de amor.

Conhecido também como “Cântico dos Cânticos”, um poema de amor no estilo dos povos orientais. A fonte mais rica para revelar a maneira de ser de um povo é o que cantam seus poetas. A característica da poesia hebraica é o seu estilo em paralelismo, ou seja, a repetição de idéias. (Salmo 19.1 – Pv. 14.34 – Jó 38.37,38).

Tomando literalmente, descreve a força, a beleza e a constância do amor humano. Tomando figuradamente, como o faz o povo judeu, é uma alegoria do amor de Deus pelo Seu povo. Era usado por ocasião da Páscoa.

4ª divisão – PROFETAS MAIORES

Isaías, Jeremias, Daniel, Ezequiel (4 Livros)

5ª divisão – PROFETAS MENORES

Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias (12 Livros)

OS LIVROS PROFÉTICOS

O profeta. - “O que fala em nome de Deus”.

PROFETAS ANTERIORES AO EXÍLIO.

• Jonas – Dirigiu sua mensagem aos Assírios em Ninive. O povo arrependeu-se e foi salvo. Aponta o amor de Deus pelos outros povos, mesmo inimigos do povo de Deus.

• Amós – Pastor de ovelhas em Técoa; profetizou no então próspero e rico reino de Israel, ao tempo do reinado de Jeroboão II. Clamou por justiça e retidão; condenou a escravatura, os pesos e medidas falsas e a crueldade para com os pobres.

• Oséias – Sua vida conjugal serviu como uma analogia da relação de Israel com Jeová, seu Deus. Deus seria misericordioso e perdoador se o povo, arrependido, retornasse a Ele. – Os Assírios levaram o povo para o cativeiro, cumprindo-se a profecia.

PROFETAS EM JUDÁ

• Joel. Uma nuvem de gafanhotos, seguida de uma seca, foi o quadro gráfico usado por Joel para descrever o “Dia do julgamento” sobre Judá. O povo não se arrependeu.

• Obadias. Profetiza contra os habitantes de Edon, ao Sul de Juda. Pouco se sabe do profeta e a época em que profetizou.

• Isaías. Estadista tornou-se o maior dos profetas. Foi conselheiro de vários reis, entre eles o rei Ezequias. Trouxe mensagens de consolo e esperança. Seu tema central foi. “A Salvação vem de Deus”.

• Miquéias. Contemporâneo de Isaías morava à beira da estrada, ao Sul de Jerusalém. Tornou-se defensor dos pobres e o acusador dos que oprimiam a classe rural. Seu grande apelo registra-se no cap. 6 verso 8.

• Naum. Profetizou contra a Assíria e sua Capital, Ninive. Sua mensagem pode ser resumida numa frase. “Colhe-se aquilo que semeia” - (Gálatas 6.7)

• Sofonias. Anuncia o futuro tenebroso e a desgraça que está por sobre vir à Juda. Insiste com o povo para que se arrependa enquanto há tempo, e volte-se para Deus.

• Jeremias. Profetizou no período crítico da queda de Judá. Usou muitas lições objetivas para comunicar a sua mensagem (18.1-5). Escreveu um poema, em forma de Acróstico, lamentando a destruição de Jerusalém, registrado no Livro de Lamentações de Jeremias,

• Habacuque

Era vigia nas muralhas de Jerusalém quando recebeu ordem de profetizar (2.1). Sua confiança em Deus em face da destruição esta registrada no capítulo 3.17-19

PROFETAS NO EXÍLIO.

Dois são os profetas no Exílio. Daniel e Ezequiel

• Daniel – Os seis primeiros capítulos de Daniel apontam à sua fidelidade, e a de seus companheiros, a Deus. As visões de Daniel e sua interpretação de sonhos sobrevieram aos grandes impérios. Caldáico, Grego e Romano.

• Ezequiel – Sacerdote em Jerusalém, levado para o cativeiro na Babilônia, tornou-se o profeta que levou o povo Judeu a definir sua identidade, e sua lealdade a Deus.

PROFETAS PÓS-EXÍLIO

• Ageu – trouxe mensagem de encorajamento e ânimo no período de reconstrução de Jerusalém

• Zacarias – Contemporâneo de Ageu, predisse a entrada de Jesus em Jerusalém, montado em um Jumento (9.9). Profetizou em relação às nações gentílicas.

• Malaquias – O último dos profetas do Antigo Testamento lembrou o povo de sua responsabilidade como mordomo do Senhor.

OS LIVROS APÓCRIFOS

A palavra - Apócrifo significa “Secreto ou Oculto”, os livros Apócrifos são todos do Velho Testamento escritos em Grego.

Tempo foram colocados entre os livros do Velho e do Novo Testamento.

Para nós designa os livros que não faziam parte do Cânon Hebraico, que não são inspirados, porém, foram anexados à Septuaginta e à Vulgata Latina.

Etimologicamente a palavra significa oculto, escondido longe. É uma das palavras que tem sofrido várias transformações semânticas, pois seu sentido tem variado com o tempo e com diferentes grupos sociais que a têm empregado. Nos dias de Jerônimo designava a literatura "falsa", isto é, não inspirada.

O vocábulo tem sido usado diferentemente por estudiosos católicos e protestantes. Para os protestantes apócrifos significa que o livro não fazia parte do cânon hebraico, portanto não inspirado, enquanto os católicos designam estes livros como deuterocanônicos e denominam de apócrifos os livros que os estudiosos protestantes chamam pseudo-epígrafos.

Estes livros foram escritos durante os dois últimos séculos A.C. e no primeiro século A.D.

A literatura apócrifa é uma importante fonte, não apenas para o conhecimento da história, cultura e religião dos judeus, mas também utilíssima para nossa compreensão dos acontecimentos intertestamentários.

Nossos opositores, por vezes, afirmam que as Bíblias protestantes são incompletas, falsas, por não possuírem os livros apócrifos; por isto este assunto precisa ser bem estudado, para que se possa dar uma resposta correta e autorizada sobre este problema. Uma atenta comparação entre esses livros e os textos inspirados, reconhecidos unânime e universalmente pela Igreja de Deus, desde sempre, mostra a profunda e radical diferença que há entre os primeiros e os segundos, no assunto, no estilo, na autoridade e até nos idiomas usados. Só em 15 de abril de 1546 se lembrou da Igreja Católica Romana, pelo Concílio de Trento, de incluir esses livros no cânon Bíblico, como inspirados, impondo-os assim aos seus fiéis. São livros de leitura históricas edificantes e úteis como subsídio aos estudos das antigüidades religiosas judaicas.

A estudiosa obreira bíblica, Mary E. Walsk, coligiu as principais razões para a rejeição dos apócrifos, por isso prazerosamente as transcrevemos.

Embora haja muita divergência quanto ao número dos livros apócrifos, o Comentário Bíblico Adventista, vol. VIII, páginas 50-53, citando pela ordem em que eles aparecem na R. S. V, apresenta a seguinte lista.

1. O Primeiro Livro de Esdras;

2. O Segundo Livro de Esdras;

3. Tobias;

4. Judite;

5. Adições ao Livro de Ester;

6. A Sabedoria de Salomão;

7. A Sabedoria de Jesus o Filho de Siraque, ou Eclesiástico;

8. Baruque;

9. A Carta de Jeremias;

10. A oração de Azarias e o Canto dos Três Jovens;

11. Susana;

12. Bel e o Dragão;

13. A Oração de Manassés;

14. O Primeiro Livro dos Macabeus;

15. O Segundo Livro dos Macabeus.

Os Sete Apócrifos Mais Importantes

Os sete mais importantes são. I e II Macabeus, Tobias, Judite, Sabedoria de Salomão, Eclesiástico e Baruque. Os quatro primeiros são históricos. Sabedoria de Salomão e Eclesiástico são poéticos, mas também chamados de Sapienciais, Baruque é profético.

Sinteticamente tratam dos seguintes assuntos.

Macabeus - conta a história da revolta contra a opressão Síria, liderada pela família dos Macabeus.

Tobias - é um conto para ilustrar o mérito de uma vida caritativa e virtuosa.

Judite - é uma lição de patriotismo, na ação destemida de uma viúva judia, que se serviu dos artifícios de sua beleza para assassinar o general do exército inimigo.

Sabedoria - é um louvor à sabedoria de Deus. O autor se apresenta na pessoa de Salomão. É certamente uma ficção literária, Foi escrito no primeiro século a.C.

Eclesiástico – em grego chamado "Sabedoria de Jesus, Filho de Sisaque", é um compêndio de ética. O texto original se perdeu; resta a tradução grega.

Baruque – profeta quase completamente desconhecido.

Há belos trechos nos livros apócrifos, como estas passagens do Eclesiástico, capítulo 26, onde se exalta a alegria pujante da vida conjugal.

Feliz o marido que tem uma mulher virtuosa, ele dobra o número dos seus dias. A mulher valorosa é a delícia de seu marido, que desfruta seus dias em paz. Uma mulher virtuosa é uma boa sorte, que é concedida a quem teme a Deus. rico ou pobre tem o coração contente e o rosto sempre alegre.

“A graça de uma mulher alegra o marido e o saboreio nela fortalece os ossos dele. Dom de Deus é uma mulher calada, e não há nada que valha uma mulher bem educada. Graça sobre graça é uma pudica mulher, e não há preço que iguale uma casta alma. O sol brilha no alto dos céus, e a beleza de uma mulher virtuosa adorna sua casa."

RAZÕES DA REJEIÇÃO DOS LIVROS APÓCRIFOS

I – Escritos Inspirados e Não Inspirados

1. A razão porque 66 livros da Bíblia se harmonizam entre si é que a mesma mente divina inspirou a cada escritor. Se, por exemplo, João tivesse escrito algo que não concordasse com as obras de Moisés, seríamos obrigados a rejeitar seu Evangelho, as Epístolas e o livro do Apocalipse.

2. Os primeiros livros constituem o critério para todos os outros chamados inspirados. Se as doutrinas dos livros apócrifos não concordam em cada ocasião com aquilo que Moisés escreveu, não devem achar-se no Cânon da Palavra Inspirada.

3. Os livros apócrifos ensinam doutrinas que são contrárias ao que Moisés e outros profetas escreveram. Por essa razão não foram colocados entre os outros livros do Velho Testamento, nos dias de Esdras.

4. Nem Cristo nem os apóstolos citaram os livros apócrifos. S. Jerônimo os rejeitou da Bíblia Latina, por não estarem escritos em hebraico.

5. A Igreja Católica, no Concílio de Trento, colocou os livros apócrifos no mesmo nível de igualdade com os outros livros inspirados da Bíblia. Todos aqueles que não aceitassem os apócrifos, como de igual autoridade com as Escrituras, seriam anatematizados (amaldiçoados) pela mesma igreja.

II – Os Apócrifos não são inspirados

Por que continua a Igreja Católica a apegar-se a estes escritos não inspirados? É porque suas doutrinas fictícias confirmam os falsos ensinos da igreja; como por exemplo, as orações pelos mortos, as curas falsas, haver virtude em queimar o coração de um peixe para espantar os maus espíritos, dar esmolas para libertar da morte e do pecado, e a salvação pelas obras.

Seguem-se algumas razões pelas quais rejeitamos os Apócrifos.

1. Ensino da Arte Mágica.

Tobias 6.5-8. "Então, o anjo lhe disse. toma as entranhas deste peixe e guarde para ti seu coração, o fel e seu fígado. Pois são necessários para medicinas úteis... Logo, Tobias perguntou ao anjo e lhe disse. Eu te rogo, irmão Azarias, para quais remédios são boas essas coisas, que tu pediste separar do peixe. E o anjo, respondendo, lhe disse. Se puseres um pedacinho do seu coração sobre as brasas, seu fumo há de espantar toda a espécie de demônios, seja de um homem ou de uma mulher, de modo que não possam mais voltar a eles."

Tal ensino não se dá em nenhuma outra parte das Escrituras. O coração de um peixe não possui poder mágico e sobrenatural para espantar "toda a espécie de demônios." É inexplicável acreditar-se que Deus tivesse mandado a um de Seus anjos dar a Tobias ou a algum outro homem o conselho de praticar semelhante arte feiticeira.

Satanás não pode ser expulso por algum truque. Qualquer pessoa que pretenda usar alguma das artes aludidas para executar coisas sobrenaturais não procede de acordo com os 66 livros dos Escritos Inspirados.

Marcos 16. 17. Cristo afirma que Satanás seria expulso em Seu nome.

Atos 16.18. Paulo mandou o espírito sair da mulher em NOME DE JESUS CRISTO. Ela foi livrada do poder maligno. Tudo isso não se harmoniza com os escritos de Tobias.

2. Dar Esmolas Purificação do Pecado

Tobias 12.8, 9. "A oração é boa como o jejum e esmolas; é melhor do que guardar tesouros de ouro, pois, esmolas livram da morte, e é o mesmo que espia os pecados e conduz à misericórdia e vida eterna."

Se ofertas caridosas pudessem expiar os nossos pecados, não teríamos necessidade do sangue de Jesus Cristo.

I Pedro 1.18, 19. Somos salvos, não por coisas corruptíveis, como prata e ouro ou esmolas, mas pelo sangue precioso de Cristo. A doutrina da Igreja Católica é – "Obras de Satisfação".

Eclesiástico 3.33. "As esmolas rebatem os pecados." Não se atribui ao poder de Cristo, segundo essa frase, mas às obras. (Judas 24).

3. Pecados Perdoados pela Oração

Eclesiástico 3.4. "Quem amar a Deus, receberá perdão de Seus pecados pela oração."

Os pecados não se perdoam pela oração. Se fosse assim, não teríamos necessidade de Jesus. Todos os povos pagãos fazem orações, mas os pecados não se perdoam somente pela oração.

Prov. 28.1; 1 João 1. 9. A confissão e a renúncia do pecado por Jesus Cristo é o que ensina a palavra veraz.

I João 2. 1, 2. Cristo, nosso Advogado, pode perdoar o pecado.

4. Orações pelos Mortos

II Macabeus 12.42-46, "E, fazendo uma arrecadação, mandou doze mil dracmas de prata a Jerusalém para ser oferecido um sacrifício pelos pecados dos mortos, e fez bem em pensar religiosamente na ressurreição, (pois, se não tivesse esperança que os que haviam sido mortos ressuscitassem novamente, haveria de ser supérfluo e em vão orar pelos mortos). E considerava que, os que haviam adormecido no temor de Deus, alcançaram para si muita graça. Portanto, é um pensamento santo e nobre orar pelos mortos para que sejam libertos dos pecados".

A Igreja Católica afirma que estes versículos lhe autorizam a doutrina do purgatório.

Orações e missas pelos mortos são aceitas e o devoto católico crê nelas. Excede a imaginação a quantidade de dinheiro que aflui todos os anos aos cofres da igreja pelas missas em favor dos mortos. É uma fonte de grandes rendas.

5. Destino Selado por Ocasião da Morte

Atos 2.34. Consoante à Palavra de Deus, os mortos não vão ao lugar da recompensa. Davi, um homem segundo o coração de Deus, ainda não acendeu ao céu.

Isa. 38.18. Os mortos levados à sepultura "não esperarão em Tua verdade." Ao falecer alguém, seu destino está selado aqui e pela eternidade. Todas as preces e sufrágios dos vivos não lhe são de proveito.

Lucas 16.26. "E, além disso, está posto um grande abismo." Não há passagem ou graduação desde o lugar de sofrimento até às delícias do céu.

Isa. 8.20. São rejeitados os livros dos Macabeus por ensinar doutrinas contrárias às que se acha em outras partes da Bíblia. "À Lei e ao Testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, nunca verão a alva."

6. O Ensino do Purgatório

Sabedoria 3.1-4. "Mas, as almas dos justos estão na mão de Deus; e o tormento da morte não as tocará. Aos olhos dos ignorantes pareciam eles morrer e sua partida foi considerada desgraça. E, sua separação de nós, por uma extrema perda. Mas, eles estão em paz. E, embora aos olhos dos homens sofram tormentos, sua esperança está plenamente na imortalidade."

A Igreja Católica baseia a sua crença da doutrina do purgatório nestes versículos citados. "Embora aos olhos dos homens sofram tormentos, sua esperança está plenamente na imortalidade."

Os tormentos nos quais se acham os "justos", diz a Igreja, referem-se ao fogo do purgatório, onde os pecados estão sendo expiados.

Sua esperança está plenamente na imortalidade, pois a igreja interpreta isso, declarando que após suficiente tempo de sofrimento no meio do fogo, poderão passar para o céu.

I João 1.7. Esse ensino aniquila completamente a expiação de Cristo. Se o pecado pudesse ser extinguido pelo fogo, não teríamos necessidade do nosso Salvador.

Trechos de Obras Católicas.

Se pudéssemos contemplar essas boas almas no purgatório, não as esqueceríamos. Sedentas estão clamando enquanto nós estamos descansando e bebendo. O desassossego as tortura enquanto nós estamos dormindo. Nós folgamos, enquanto grandes dores as torturam. Fogo ardente as consome, enquanto nós estamos banqueteando. Elas clamam por auxílio daqueles que outrora lhes eram caros. Imploram piedade, as orações e os sacrifícios que se prometeram.

Pela oração suavizamos a agonia das almas no purgatório. Pelo sacrifício aceleramos a sua libertação. O que estamos nós como indivíduos, fazendo em favor de nossos mortos? É um dos mistérios da vida esquecermo-nos tão facilmente daqueles que nos precederam, enquanto devíamos lembrar-nos deles onde estão, visto estar à nossa disposição a mais eficaz ajuda. Segundo palavras do Concílio de Trento, 'há um purgatório e as almas nele são confortadas pelos sufrágios dos fiéis, especialmente pelo mais aceitável sacrifício do altar'. Lembremo-nos de nossos mortos pela missa. Mandemos rezar missas por eles. – Jesuit Seminary News, Vol. 3, n.º 9 (Nov. 15, de 1928), pág. 70.

7. O Anjo Relata uma Falsidade

Tobias 5.15-19. "O anjo disse-lhe (a Tobias). Guiá-lo-ei para lá (o filho de Tobias) e o farei voltar a ti. E Tobias lhe disse (ao anjo). Eu te rogo, dize-me, de que família ou de que tribo és tu? E Rafael, o anjo, respondeu... Eu sou Azarias o filho do grande Ananias. Respondeu-lhe Tobias. Tu és de uma grande família."

Se um anjo de Deus mentisse acerca de sua identidade, tornar-se-ia culpado de violação do nono mandamento.

Lucas 1.19. Confrontando esta declaração com o que está registrado no livro de Tobias, compreenderemos logo porque Cristo nunca Se referiu aos livros apócrifos.

8. Uma Mulher Jejuando Toda Sua Vida

Judith 8.5, 6. "E ela fez para si um aposento separado no andar superior de sua casa no qual vivia com suas servas. Seu vestido era de cabelo de crina e ela jejuava todos os dias de sua vida, com exceção dos sábados, das luas novas e demais festas da casa de Israel".

Esta passagem é parecida a outras lendas católicas romanas, com respeito a seus santos canonizados. Uma mulher dificilmente jejuaria toda sua vida, com exceção de um dia da semana e algumas outras ocasiões durante o ano. Cristo jejuou quarenta dias, porém não toda a Sua vida.

9. Outra Contradição Bíblica

Judith 9.2. "Ó Senhor Deus, do meu pai Simeão, a quem deste a espada para executar vingança contra os gentios."

Jesus não tinha nenhuma relação com o fato de ser dada "a espada para executar vingança" contra os habitantes de Siquém.

Gên. 34.30. Notemos o que Jacó, o pai de Simeão, disse, conforme se acha registrado em Gênesis. "Tendes-me turbado, fazendo-nos cheirar mal entre os moradores desta terra."

Gên. 49.5-7, ao estender a sua bênção antes de morrer, pronunciou uma maldição sobre Simeão e Levi, por seu ato cruel. Disse ele. 'maldito seja o seu furor, pois era forte, e a sua ira, pois era dura'. E, devido a isso, haviam de ser divididos e espalhados em Israel.

Rom. 12.19. A vingança pertence a Deus. É Ele quem há de recompensar.

Rom. 12.17. Não tornemos mal por mal. Simeão estava fazendo justamente o contrário. O livro de Judith deve ser colocado entre os livros não inspirados, e não deve ter lugar no Cânon.

10. A Imaculada Conceição

Sabedoria 8.19 e 20. "E eu era filho entendido e recebi uma boa alma. E, sendo que era mais entendido, cheguei a um corpo incontaminado."

Os católicos usam este texto para sustentar a sua doutrina que Maria nascera sem pecados.

S. Lucas 1.30-35. Houve somente um Ser de quem os Escritos Sagrados declaram que fora concebido imaculado e este Ser é nosso Salvador.

Salmo 51.5; Rom. 3.23. Essa asserção é outra das doutrinas que os livros das Escrituras Sagradas não apoiam.

11. Ensinos da Crueldade e do Egoísmo

Eclesiástico 12.6. "Não favoreças aos ímpios; retêm o teu pão e não o dê a eles."

Poderá alguém pensar que Deus havia de inspirar a algum homem a escrever semelhante conselho? Eis, o que está escrito.

Prov. 25.21, 22. "Se o que te aborrece tiver fome, dá-lhe pão para comer; se tiver sede, dá-lhe água para beber, porque assim amontoarás brasas vivas sobre a sua cabeça, e o Senhor te retribuirá."

Rom. 12.20. O apóstolo Paulo, que teve de sofrer muito nas mãos de seus inimigos, citou essas palavras dos provérbios em sua epístola aos Romanos.

João 6.5. Certamente Cristo, quando andou neste mundo, alimentou a muitos de Seus perseguidores.

Mat. 6.44-48. Em Seu sermão da Montanha mencionou a regra cristã a ser seguida e explicitamente nos exorta a amar, abençoar e orar pelos nossos inimigos.

III – Fracassam as Provas para Apoiar os Apócrifos

Ainda há outras referências nos livros apócrifos para provar que sua origem não é divina. Mas, já foi dito suficiente neste estudo para vindicar a expulsão desses livros do Cânon de nossa Bíblia.

Is 8.20. "À Lei e ao Testemunho! se eles não falarem segundo esta palavra, nunca verão a alva."

(Transcrito de "O Pregador Adventista" maio-junho de 1950, pp. 16 a 19)

Jerônimo, que foi o primeiro a usar o termo "apócrifo" rejeitou estes livros com toda a veemência, porque eles não se achavam na Bíblia Hebraica dos judeus. Diz ele que estes livros por não se acharem no cânon hebraico deveriam ser postos entre os apócrifos, e usados somente para edificação da Igreja e não para confirmar doutrinas. No livro Our Bible and the Ancient Manuscripts de Frederic Kenyon, páginas 84 e 87 há estas afirmações.

Os livros apócrifos de Esdras, Sabedoria, Eclesiástico, Baruque, I e II Macabeus, juntos com as adições a Daniel e Ester, não foram traduzidos ou revisados por Jerônimo.

Ele desejou rejeitar inteiramente os livros apócrifos, porque eles não tinham lugar na Bíblia Hebraica corrente. Ele realmente consentiu, relutantemente, em fazer uma rápida tradução do livro de Judite e Tobias, mas os demais ele os deixou intocáveis. Apesar de tudo isso, eles continuaram a achar lugar na Bíblia latina; e a Vulgata como adotada finalmente pela Igreja de Roma, contém estes livros na forma em que eles têm permanecido, antes dos dias de Jerônimo, na Velha Versão Latina.

Agostinho que foi contemporâneo de Jerônimo, pois viveu de 354 a 430 A.D., discordou frontalmente das idéias do autor da Vulgata, quanto aos livros apócrifos. O bispo de Hipona defendeu um cânon do Velho Testamento constituído de 44 livros, incluindo entre eles os apócrifos e alguns pseudoepígrafos. Para ele apócrifo não significava "espúrio" ou "falso", mas simplesmente livros cujos autores eram desconhecidos.

Em 1562 a Igreja da Inglaterra declarou que os apócrifos podem ser lidos com proveito, mas não há neles autoridade doutrinária. Apesar da confissão de Westminster, em 1643, que declarou como matéria de fé que os livros apócrifos não são de inspiração divina, algumas igrejas protestantes inseriram em suas Bíblias todos ou alguns destes livros. Só no século passado (1826) houve uma exclusão definitiva das edições publicadas pela Sociedade Bíblica. Os reformadores fundamentando-se na autoridade exclusiva da Palavra de Deus rejeitaram os apócrifos, desde que a autenticidade destes livros se baseava na tradição.

Edições Bíblicas protestantes, como a Bíblia de Zurique e a Bíblia de Genebra, fizeram separação entre os livros canônicos e os apócrifos. Publicaram os apócrifos no fim do Velho Testamento, precedidos de algumas observações judiciosas.

Aqui estão os livros que se acham enumerados pelos antigos entre os escritos bíblicos, e que não são encontrados no cânon hebraico... É verdade que eles não devem ser desprezados, porque contêm doutrinas úteis e boas. Ao mesmo tempo, é justo que o que foi dado pelo Espírito Santo, deve ter preeminência sobre o que veio do homem.

A igreja católica apega-se a estes livros não inspirados porque eles sancionam alguns de seus falsos ensinos, como: oração pelos mortos, salvação pelas obras, a doutrina do purgatório, dar esmolas para libertar as pessoas do pecado e da morte.

Apócrifos do Novo Testamento

Os apócrifos do Novo Testamento não constituem nenhum problema, porque são rejeitados por todas as igrejas cristãs.

Não podíamos esperar algo diferente diante da fragilidade de seus escritos. Basta citar um exemplo do Evangelho de São Tomás.

Jesus atravessava uma aldeia e um menino que passava correndo, esbarra-lhe no ombro. Jesus irritado, disse. não continuarás tua carreira. Imediatamente, o menino caiu morto. Seus pais correram a falar a José; este repreende a Jesus que castiga os reclamantes com terrível cegueira.

Este relato, que não se coaduna com a sublimidade dos ensinos de Cristo, é suficiente para provar que este evangelho é espúrio. Os Judeus perceberam que a inspiração profética terminara com Esdras. Esta é a conclusão a que chegamos através das palavras de Flávio Josefo.

Desde Artaxerxes até os nossos dias, escreveram-se vários livros; mas não os consideramos dignos de confiança idêntica aos livros que os precederam, porque se interrompeu a sucessão dos profetas. Esta é a prova do respeito que temos pelas nossas Escrituras. Ainda que um grande intervalo nos separe do tempo em que elas foram encerradas, ninguém se atreveu a juntar-lhes ou tirar-lhes uma única sílaba; desde o dia de seu nascimento, todos os judeus são compelidos, como por instinto, a considerar as Escrituras como o próprio ensinamento de Deus, e a ser-lhes fiéis, e, se tal for necessário, dar alegremente a sua vida por elas. (Discurso Contra Ápion, capítulo primeiro, oitavo parágrafo).

Segue-se uma lista dos apócrifos do Novo Testamento apresentada pelo professor Benedito P. Bittencourt em seu livro O Novo Testamento – Cânon, Língua, Texto, pág. 45.

Apócrifos do Novo Testamento.

1. Evangelhos.

• Evangelho segundo os Hebreus;

• Evangelho dos Egípcios;

• Evangelho dos Ebionitas;

• Evangelho de Pedro; Protoevangelho de Tiago;

• Evangelho de Tomé;

• Evangelho de Filipe;

• Evangelho de Bartomeu;

• Evangelho de Nicodemos;

• Evangelho de Gamaliel;

• Evangelho da Verdade.

2. Epístolas.

• I Clemente,

• As Sete Epístolas de Inácio;

• Aos Efésios,

• Aos Magnésios;

• Aos Trálios,

• Aos Romanos,

• Aos Filadélfios,

• Aos Esmirnenses e a Policarpo;

• A Epístola de Policarpo

• Aos Filipenses;

• A Epístola de Barnabé.

3. Atos.

• Atos de Paulo;

• Atos de Pedro;

• Atos de João;

• Atos de André;

• Atos de Tomé.

4. Apocalipses.

• Apocalipse de Pedro;

• O Pastor de Hermas;

• Apocalipse de Paulo;

• Apocalipse de Tomé;

• Apocalipse de Estevão.

5. Manuais de Instrução.

• Didaquê ou o ensino dos Doze Apóstolos.

• 2 Clemente;

• Pregação de Pedro.

Os vários "Atos" apócrifos estão repletos de fantasia. Um deles merece rápida referência, embora seja pura ficção, refiro-me aos Atos de Paulo, por apresentar um retrato imaginário, mas curioso de Paulo. Declaram ser ele um "homem de pequena estatura, sobrancelhas sem separação, nariz avantajado, calvo, pernas arqueadas, de compleição forte, exuberante em graça, pois que às vezes parecia homem, às vezes revelava a face de um anjo”.

Texto. Pr. Pedro Apolinário

Os livros Apócrifos jamais foram reconhecidos pela Igreja cristã ou pelos Judeus ortodoxos.

H.S. Miller cita 20 razões para refutar os livros Apócrifos.

1) Todos estão de acordo em que eles nunca foram incluídos no Cânon Hebreu,

2) Nunca foram citados por nome no Novo Testamento por Cristo, nem Seus Apóstolos, embora já existissem,

3) Josefo, o historiador judeu (100 d.C) os omite, enumerando somente os livros que os judeus consideravam ser inspirados por Deus

4) Phillo, o grande Filósofo judeu de Alexandria (20 aC a 50 d.C) citava freqüentemente o Velho Testamento nunca porém fazia menção aos Apócrifos.

5) Eles não são achados nos catálogos de livros canônicos feitos durante os primeiros 4 séculos d.C

6) Jerônimo (400 d.C) declara que o Cânon Hebreu consiste dos mesmos 39 livros que nós temos no Velho Testamento e rebate terminantemente os livros Apócrifos,

7) Eles mesmos nunca reclamam a inspiração nem a autoridade divina,

8) Não tem o elemento profético verdadeiro, nem falam como uma mensagem de Jeová,

9) Eles contêm muitos erros históricos cronológicos a si mesmos, a Bíblia e a história secular.

10) Eles ensinam doutrinas e aprovam práticas contra os ensinos da Bíblia. Por Exemplo. Toleram a prática de mentir, justificam o suicídio e os assassinatos e ensinam a justificação por obras ou por esmolas, os encantamentos mágicos, os mortos orando pelos mortos, etc...

11) Nota-se em seu estilo uma rigidez, falta de originalidade e artificialidade que nunca se vê nos livros canônicos,

12) Muito de sua literatura é lendária, de fábulas obscuras e absurdas,

13) Os milagres que eles relatam e as descrições de seres sobrenaturais contém muito o que é fabuloso, grotesco e néscio,

14) Os livros apócrifos foram escritos depois do Velho Testamento quando o Cânon era encerrado, não obstante alguns deles professarem imitar e não tomar seu lugar,

15) A Igreja primitiva declarava que alguns deles contivessem instruções proveitosas, porém nunca os fez Canônicos em questões de doutrinas, mesmo quando a Igreja de Roma em seu Concílio de Trento em 1546 d.C por uma pequena maioria os incluiu em seu Cânon de fé, e pronunciou maldições sobre todos aqueles que não os aceitasse divino,

16) A Igreja Cristã, sucessora da judaica, recebeu os 39 livros dos judeus e nunca os trocou,

17) Das palavras de Cristo e Seus Apóstolos vemos que eles reconheceram o Cânon já feito do Velho Testamento e puseram seus selos sobre eles (Mateus 23.35), sobre o Velho Testamento, desde Gênesis até Crônicas (o último livro do Velho Testamento Hebraico)

18) Havia muita tradução do Hebraico em Aramaico, que os Judeus imprimiram dos livros do Velho Testamento, quando o idioma da palestina havia mudado tanto que era necessário interpretar os livros, (Pv. 8.8), porém nenhum Targun existe dos livros Apócrifos.

19) O estudante de história nunca pode pô-los no mesmo nível dos livros Canônicos, porque sente uma diferença radical e espiritual entre eles, e os livros Apócrifos se condenam a si mesmos.

Apesar de todos estes argumentos verídicos no Concílio de Trento (1546) os Apócrifos foram considerados autorizados, por isso sempre estão inclusos na Bíblia Católica Romana. Concluindo este estudo básico sobre as Sagradas escrituras, observamos que ela se trata realmente da Palavra de Deus, é o livro mais lido, mais amado e odiado ao mesmo tempo. É o único livro capaz de mudar o ser humano (para a melhor), posto a prova com sinceridade vence qualquer teste, e os sinceros de coração se rendem aos seus escritos, analisando-a com amor e carinho descobrimos que seu grande objetivo para a raça humana é; “Levar o homem a crer, conhecer e a encontrar a Salvação em Jesus Cristo, o Senhor” (João 20.31).

O NOVO TESTAMENTO

Composto por 27 Livros e tem 5 divisões

(Introdução)

Através do Velho Testamento vimos à promessa da vinda do Messias, do Rei dos Judeus. No Novo Testamento, em particular nos quatro Evangelhos, vemos o cumprimento da promessa e nos deparamos com Cristo em pessoa.

Os quatro Evangelhos foram escritos entre os anos 70 e 90 dC. Já por volta do ano 115 dC. Circulavam juntos em um só volume.

1º) Os Evangelhos

• Mateus (+ ou – 80 aD.)

O objetivo de Mateus é provar que Jesus é o cumprimento das profecias. Por 18 vezes repete-se esse refrão no seu Evangelho. Outra constante no seu evangelho são as referências a Jesus como. Filho de Davi e Rei dos Judeus. O Evangelho conclui com a afirmativa. “Todo poder me foi dado nos céus e na terra...” (28.18)

• Marcos (+ ou – 70 aD.)

Provavelmente o primeiro dos Evangelhos a ser escrito. Mateus e Lucas, além de informações próprias, repetem quase inteiramente o conteúdo de Marcos.

Escreve para a mente prática dos romanos, mais interessados na vida e obra de Jesus do que propriamente nos Seus ensinos.

Apresenta-O como filho de Deus, ensinando e corrigindo conceitos errados, curando enfermos, e alimentando os famintos e ressuscitando mortos. Cerca de um terço do Evangelho é dedicado ao registro da traição, morte e ressurreição de Cristo.

• Lucas (+ ou – 90 aD.)

O objetivo de Lucas ao escrever o Evangelho é claro. “Uma exposição em ordem (do que Jesus Cristo realizou) para que tenhas plena certeza das verdades em que foste instruído” (1.1-4).

Lucas, companheiro de Paulo (Atos 16.10 a 40 – 20.5 a 16 – 21.1 a 18 – 27.1 a 28). Enfatiza a humanidade de Jesus, referindo-se a pessoa de Cristo em termos de Jesus, Senhor e Mestre no final do Evangelho (24.39) após sua a ressurreição.

“Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e verificai, porque um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho”.

• João (+ ou – 100 aD.)

No Evangelho de João, apresenta uma interpretação da pessoa de Jesus, não uma Biografia, visando evitar e corrigir doutrinas errôneas sobre a pessoa de Jesus Cristo. Seu objetivo ao escrever, conforme suas próprias palavras (20.31).

“Para que creiais que Jesus é o Cristo... e tenhais vida em Seu nome”.

Sete sinais para provar a divindade de Cristo (2.11 – 5.1-18 – 6.1-14 – 9.1-38 – 11.1-45) Embora tenham feito muitos outros que não foram registrados (2.23 - 7.31 – 11.47).

Escreve que a mensagem de Deus é para todo o mundo! (3.16-17 – 5.24 – 12.46).

2º) Histórico

De autoria de Lucas é a seqüência do seu Evangelho, é destinado a Teófilo, e relata o início do cumprimento da promessa, ordem de Jesus de ficar em Jerusalém “e recebereis poder”........ “e ser-me-eis testemunhas até os confins da Terra.”

Lucas além de médico era um excelente historiador, registrando com precisão datas e lugares da expansão do Cristianismo.

Neste livro vemos a narrativa do início da Igreja, bem como sua implantação em várias cidades e países. Vemos também o modelo da verdadeira Igreja, em comunhão, amor e trabalho na causa do Senhor.

3º) Epístolas Paulinas

Paulo por sua tremenda dedicação a obra de divulgação do Evangelho de Jesus Cristo, escreve 13 epístolas, as quais também chamamos de pastorais, por se tratarem de recomendações, instruções e cuidados com a Igreja. Nove (9) delas às Igrejas e quatro (4) destinadas a seus discípulos, Timóteo, Tito e Filemon.

• Romanos

• I e II Coríntios

• Gálatas

• Efésios

• Filipenses

• Colossenses

• Tito

• Filemon

• I e II Tessalonissenses

• I e II Timóteo

4º) Epístolas Gerais

• Hebreus

• Tiago

• I e II Pedro

• I, II, III João

• Judas

5º) Escatológico

• Apocalipse - Escrito pelo Apostolo João retrata os últimos acontecimentos no Planeta terra e a entrada do ser humano na eternidade, seja ao lado do Senhor ou separado dele.

Fonte:

INSTITUTO PHILLOS DE CAPACITAÇÃO MINISTERIAL

Profº Dionísio de Paula Santos