Introdução ao Novo Testamento os Evangelhos

Evangelhos

“EVANGELHOS”

No grego, “Evangelium”, significa Boa Notícia, Novidade Alvissareira, isto é, prometedora, esperançosa.

Quando o NT emprega essa palavra, devemos retroagir ao AT e observarmos, por exemplo, o profeta Isaías, anunciando o aparecimento de um “anunciador de boas novas” (Isaías 40.9- 52.7 – 61.1) e, conforme Marcos 1.14, o NT denomina a mensagem de Jesus de “Evangelho”.

Paulo, o apóstolo, escreve aos romanos dizendo que foi separado para este Evangelho, Rm 1.1. “Paulo, servo de Cristo Jesus, chamado para ser apóstolo, separado para o evangelho de Deus” (Rm 1.1)


INTRODUÇÃO

Assim como o Antigo Testamento é iniciado pelos cinco livros de Moisés (Pentateuco) seguidos por outros históricos sequenciais, no NT os Evangelhos são seguidos pelo livro histórico de Atos dos Apóstolos.

Quando lemos os quatro primeiros livros do Novo Testamento, observamos que três deles são muito parecidos, enquanto que um é diferente tanto em forma literária como no conteúdo.

Por isso, surgiu o nome sinótico, palavra derivada do grego “synópsys”- visão idêntica, pois os assuntos, as expressões e a ordem cronológica, tanto em Mateus, como em Marcos e em Lucas são idênticas.

Os Evangelhos são muito importantes para quem deseja ter um pleno conhecimento da vida do mais sublime personagem, não só da Bíblia, mas de todos os tempos - Jesus Cristo, o Nosso Salvador.

O SURGIMENTO DOS EVANGELHOS.

Os cristãos dos anos 30 a 60 d.C. conheciam apenas um Evangelho – o Verbal. Este era conservado tal qual Jesus e seus apóstolos o pregaram o próprio Senhor tinha dado esta responsabilidade (Mc 16.15). O Evangelho pregado pelos apóstolos contava, principalmente, no que Jesus fizera (At. 10.39). Esta tradição era guardada verbalmente na primeira igreja. Contudo era anunciado também o que Jesus dissera (Jo. 7.46; Mt. 7.29). Assim como o ensino de Jesus foi de fundamental importância para os nossos primeiros irmãos, também o é para nós. Paulo sempre citava a palavra do Senhor para dirimir dúvidas ou apaziguar conflitos entre quaisquer crentes (At. 20.35; 1ª Co. 7.10; 11.23,24). A Palavra do Senhor, sempre foi guardada como um tesouro precioso.

É quase certo que muitas anotações vinham sendo feitas desde o principio do ministério de Jesus. Passada uma geração, houve a necessidade de uma “versão autorizada”, uma vez que começaram aparecer histórias inventadas por quem nada presenciara durante o ministério do Senhor. Parece, sem dúvida, que quem primeiro compilou os relatórios esparsos disponíveis foi Marcos. Este é o mais antigo dos Evangelhos, escrito provavelmente no ano 60 ou 61. Não demorou muito outros três (dois deles apóstolos de Jesus) seguiram o exemplo de Marcos. Surgindo assim, quatro versões de um só Evangelho.

TÃO IGUAIS APESAR DE DIFERENTES.

Parece provável que os sinóticos usaram as mesmas tradições verbais, mas que cada um também utilizou “arquivos” próprios, para imprimir um toque pessoal ao seu relatório.

MARCOS - Foi quem primeiro escreveu e tornou-se uma referência sempre consultada por Mateus e também por Lucas. Os assuntos coincidem.

Mateus transcreve quase todos os versículos de Marcos.

Lucas transcreve cerca de metade - as expressões são as mesmas

Mateus e Lucas utilizam as mesmas palavras de Marcos, e a ordem cronológica utilizada por Mateus e Lucas é a mesma de Marcos.

O fato de Mateus e Lucas terem em comum cerca de 200 vv que não se encontram no livro de Marcos, nos leva a crer que havia uma fonte verbal e que ambos se apoiaram nesta fonte, tendo em vista que a maioria desses versículos, são citações de palavras do próprio Jesus.

MATEUS - Tem cerca de 300 vv próprios, que tratam do nascimento de Jesus e seus discursos.

LUCAS - Tem cerca de 400 vv próprios e estão concentrados no trecho entre 9.51 a 18.14. Tratam da pregação de Jesus em Nazaré, a pecadora penitente, os caminhantes de Emaús, a parábola do bom samaritano, do filho pródigo etc.

JOÃO - Embora tendo escrito seu Evangelho 30 anos mais tarde, apresenta mais ou menos o mesmo que os sinóticos, como: o batismo de Jesus no Jordão, a convocação dos discípulos, como encontrou forte oposição, sua condenação, crucificação e ressurreição.

Não é mencionado neste livro episódios conhecido da vida de Jesus, tais como: a tentação no deserto, a transfiguração, a agonia do Getsêmani, a instituição da ceia. Todavia ele se completa dos sinóticos com episódios que de outro modo teriam sido esquecidos, tais como: a palestra com Nicodemos, o diálogo com a mulher samaritana, a ressurreição de Lázaro, a oblação dos pés dos apóstolos, a aparição a Maria Madalena, a Tomé e para os 7 discípulos no mar de Tiberíades etc.

Ao estudar os Evangelhos, veremos que embora possam ser identificados como redatores de jornais, copiando notícias e informações que chegam à mesa da redação, eles são na verdade escritores com estilo e personalidade próprias, cada um dos evangelistas tem um propósito definido ao escrever.

O EVANGELHO SEGUNDO MATEUS

CONSIDERAÇÕES.

Embora seja o primeiro livro do NT, não é o mais antigo, além de várias cartas paulinas serem escritas antes dele, parece certo que, Marcos também escreveu antes de Mateus. Fato de estar em primeiro, é que constituiu um especialíssimo elo entre o AT e o NT, ele mostra o cumprimento das promessas do AT que em Cristo, tiverem o seu “Sim” e o seu “Amém”. Como ocorre nos demais, Jesus é a pessoa central deste Evangelho.

AUTOR.

A tradição da igreja do segundo século atribui a autoria deste livro a Mateus. “A habilidade de organização exibida pelo autor concorda com a mentalidade provável de um cobrador de impostos, como fora o apóstolo Mateus. Concorda também com isso o fato que esse é o único evangelho que encerra o episódio do pagamento da taxa do templo por parte de Jesus (17.24-27). A narrativa do chamamento de Mateus ao discipulado usa o nome apostólico, “Mateus”, ao invés do nome “Levi”, utilizado por Marcos e Lucas, e omite o pronome possessivo “dele”, usado em conjunto com o termo “casa (lar)”, de que se valeram Marcos e Lucas, ao descreverem o ligar onde Mateus entreteve Jesus em uma refeição (vide Mateus 9.9-13, em confronto com Marcos 2.13-17 e Lucas 5.27-32). Esses detalhes incidentais bem poderiam constituir indicações notáveis de que Mateus é o autor desse primeiro Evangelho, em apoio às tradições da Igreja Primitiva”. (Panorama do Novo Testamento – Gundry – Edições Vida Nova) Pouco sabe a respeito desse homem. Quando Jesus o salvou, chamava-se Levi (Mt 9.9; Mc 2.14; Lc 5.27). Trabalhava na alfândega, coletoria de Cafarnaum, junto à estrada onde passavam caravanas de mercadores. Parece que foi o próprio Jesus quem o chamou pelo nome de Mateus, que significava dádiva de Deus.

ÉPOCA E LINGUAGEM

Se Mateus se valeu do Evangelho de Marcos, e este é do período de 45-70 d.C., então provavelmente Mateus pertence a data levemente posterior, dentro daquele mesmo período. A atitude que nega a Jesus a capacidade de profetizar preditivamente, como também uma abordagem crítica geralmente mais negativa, forçará o estudioso a pensar em data posterior, nas décadas de 80 a 90 d.C., embora certo número de eruditos ortodoxos prefira uma data posterior, devido a outras considerações, como o argumento que o interesse de Mateus pela Igreja (ele é o único evangelista a usar o termo Igreja, e isso por duas vezes) deixa entrever um período posterior, quando a doutrina da Igreja estava adquirindo maior importância, em resultado da demora da volta de Jesus. Mas a doutrina da Igreja já desempenha papel importantíssimo nas epístolas paulinas, todas elas escritas antes de 70 d.C.. E se Mateus escreveu com o fito de evangelizar aos judeus, parece menos provável que ele tenha escrito depois de 70 d.C., quando se alargou mais ainda a brecha entre a Igreja e a sinagoga, do que antes de 70 d.C., quando as possibilidades de conversão de judeus pareciam mais favoráveis.

O livro foi escrito originalmente em aramaico sendo traduzido mais tarde para o grego.

PROPÓSITO

Prioritariamente, Mateus destinou o seu Evangelho ao povo judeu. Na época do nascimento de Cristo reinava Herodes, chamado “O Grande”. Era este descendente de Esaú, e reinou de 37 a.C., a 4 d.C., homem cruel, vassalo de Roma, e por ser ele um edomita não tinha direito ao trono de Davi. Também não tinha o direito de ser o rei dos judeus, porém amava sua posição e por ela mataria a qualquer um que se atrevesse a reivindicar este título.

Os judeus eram depositários da promessa de Deus a Abraão, aguardavam o aparecimento do Messias, pensando em um rei que derrotaria o domínio romano, restaurando a independência ao Reino de Israel. Este rei derivaria da descendência de Davi e reinaria para sempre. Pelo fato de que tenha sido rejeitado pelos fariseus e judeus em geral, na época de seu aparecimento, Mateus escreve seu Evangelho e o destina a eles, mostrando que este Jesus era o prometido na lei, nos profetas e nos salmos.

  • A genealogia em Mateus começa com Abraão, o ancestral dos judeus, e não com Adão, o pai de toda humanidade.
  • Mateus chama Jesus de “filho de Davi”.
  • O AT é citado 63 vezes.
  • A expressão, “Então se cumpriué citada 19 vezes.

O EVANGELHO DE MATEUS é o Evangelho das profecias cumpridas, e testemunha sobre a fidelidade de Deus, que vela sobre Sua palavra.

I - O PLANO DO EVANGELHO DE MATEUS.

1. OS MAGOS. Os magos, anunciaram que vieram render honras ao “rei dos judeus” (verso 2), trazendo grande ódio a Herodes, porém este não o demonstrou, pois planejou matá-lo, assim que descobrisse quem era este pretendente. Os magos do oriente na verdade eram astrólogos, homens acostumados a consultarem os astros, como era prática da região de onde vieram (Caldeia), onde as noites revelam milhares de estrelas e constelações, viram a estrela que anunciaria o nascimento do rei dos judeus. Esta revelação não foi dada a eles por Deus, mas por pertencerem ao mesmo povo de Abraão por certo conheciam a profecia que dizia respeito a esse nascimento (Nm 24.17), e por também terem tido conhecimento das profecias dos Judeus pelo fato de terem eles passado 70 anos cativos na Babilônia. Trouxeram presentes ao Senhor: ouro, incenso e mirra. O ouro reconhecendo a realeza de Jesus, o incenso, Sua divindade, e a mirra o Seu Sacerdócio, que traria o seu sacrifício vicário. Vemos também pelo ato da reverência e oferta dos magos o simbolismo do ocultismo se rendendo ao Senhorio de Jesus (v. 11). Avisados pelo Anjo do Senhor, não retornaram a Herodes, e sim, por outro caminho, voltaram à sua terra.

2. A INFÂNCIA DE JESUS. (cap. 2.13-23).

•Fuga para o Egito (vs.13-15). O Senhor diz em sua palavra. “Ai daqueles que buscam auxílio no Egito” (Is. 31.1).

De certa forma Jesus buscou auxílio no Egito, porém com o consentimento de Deus. A condenação era para aqueles que buscavam socorro no Egito e não no Senhor, buscavam sem consultá-lo (Is 30.1-3). Israel buscou por várias vezes auxílio no Egito sem o consentimento do Senhor (Gn 12.10; Gn 26.2). Essa proibição era em razão de buscar socorro primeiro em homens depois em Deus, e o Senhor não se agrada disso. Quando Ele é consultado, Ele aprova nossas decisões, (Gn 46.2,3).

Pelo fato dos Hebreus terem sido escravizados no Egito, o Senhor os amaldiçoou, pois havia esta promessa a Abraão Gn 12.3. Israel sofreu por 430 anos no Egito, porém o Senhor conserta os nossos erros, apaga as nossas transgressões, e por amor àqueles que amaram a José na terra do Egito, o Senhor restaurou a sorte desse povo (Is 19.21-25).

Essa restauração foi também devida a esse episódio, em que o Egito acolheu a Seu filho amado. Por amor, a maldição que estava sobre o Egito (Gn 12.3) foi cancelada.

•A Morte dos Inocentes (vers. 16-18).

O Diabo não é onisciente como o nosso Deus é. Ele queria impedir de todo o jeito o nascimento do Messias, por ele não saber quem era o Messias, houve a necessidade de matar todas as crianças de 2 anos para baixo, numa louca tentativa de impedir o nascimento dAquele que pisaria em sua cabeça. (Gn 3.15)

•A Volta do Egito (vers 19-23)

Após um período de mais ou menos 2 anos, o Anjo anuncia sobre a morte de Herodes, porém outro cruel reinava, Arquelau, filho de Herodes, o Grande.

Por esta razão foram morar em Nazaré para que se cumprisse a profecia de Is 11.1

II - PONTOS CHAVES

Capítulo 1.1-17- A Genealogia de Jesus.

Capítulo 1.18-25- O Anúncio do Nascimento de Jesus.

Capítulo 2.1-12- Adoração do menino Jesus.

Capítulo 2.13-23- O crescimento do menino.

Capítulo 3.1 – 4.11 – A preparação de Jesus.

Capítulo 4.12 – 25.46 – A atividade de Jesus.

A atividade de Jesus, nas vizinhanças da Galiléia 15.21 – 18. 35.

A atividade de Jesus, caminhando para Jerusalém. 19. 1 – 20.34.

A atividade de Jesus, em sua última semana de vida, em Jerusalém. 21.1 – 25.46.

A atividade de Jesus, na Galiléia.. 4.12 – 15.50.

III - OS MILAGRES DE JESUS.

1. Um leproso é purificado 8.1 – 4

2. Um criado de um centurião romano é curado 8.5–13

3. A sogra de Pedro é curada 8.14 – 17

4. A tempestade serenada. 8.23 –27

5. Os endemoninhados de Decápolis, libertos em Gadara. 8.28-34

6. O paralítico curado 9.1 – 8

7. Uma mulher com fluxo de sangue toca em Jesus, e sara 9.18 – 22

8. A filha de Jairo, a qual morrera é ressuscitada9.23 – 26

9. Dois cegos são curados. 9.27 – 31

10. Um endemoninhado mudo é liberto e curado. 9.32 – 34

INSTRUÇÕES BÁSICAS AOS APÓSTOLOS.

Ide, pregai, curai, limpai, ressuscitai etc5–8.

Não temas.10.26,28,31.

IV - A FAMILIA DE JESUS.

a) A FAMILIA HUMANA DE JESUS. Nascidos de José e Maria, segundo a carne. Tiago, José e Simão e Judas e pelo menos duas irmãs.

b) A FAMÍLIA ESPIRITUAL DE JESUS. Espiritual, todos aqueles que recebam a sua palavra.46 – 50.

V - AS PARÁBOLAS DO SENHOR.

A parábola do semeador 13.1 – 9.

A parábola do trigo e do joio 13.24 – 30.

A parábola do grão de mostarda13.31,32.

A parábola do fermento.13.33 – 35.

A parábola do tesouro escondido44.

A parábola da pérola de grande valor.13.45,46.

A parábola de rede lançada ao mar13.47 – 57.

Jesus explica aos seus discípulos, o porque das parábolas10 – 17.

• JESUS SE DIRIGE AO POVO DE ISRAEL.

O futuro deles é anunciado, advertência contra falsos cristos e falsos profetas, referências constantes ao AT, a parábola da figueira (símbolo de Israel), exortação à vigilância. 24.4 – 44.

• JESUS SE DIRIGE À IGREJA.

Exortação ao trabalho e vigilância, a necessidade de Ter azeite (símbolo do Espírito Santo), a parábola dos dez talentos. 24.45 – 25.30.

• JESUS SE DIRIGE A TODA HUMANIDADE.

Nossos atos nesta vida serão julgados com base neste julgamento, teremos ou não acesso à Glória Celestial. 25.31 – 46.

VI - O SOFRIMENTO DE JESUS.

Os sacerdotes, os escribas e os anciãos de Israel, decidem matar Jesus. 26.1- 5

Judas Iscariotes acerta com os fariseus o preço da traição. 26.14-16

Jesus prediz que Judas o irá trair 26.21- 25

Jesus institui a CEIA em memória da sua morte 26.26-30

Pedro é avisado de que irá negar Jesus 26.31-35

Jesus agoniza no horto de Getsêmani 26.36-46

Jesus é preso, Seus discípulos fogem 26.47-56

Jesus é julgado pelas autoridades eclesiásticas, sofre tortura e humilhação.. 26.57-68

Pedro nega conhecer Jesus e chora amargamente 26.69-75

Judas Iscariotes se arrepende, mas suicida-se. 27.1-10

Jesus julgado pela autoridade civil 27.11-31

Jesus é crucificado e escarnecido pelos fariseus. 27.32-49

Jesus é morto 27.50

Jesus é sepultado numa caverna aberta na rocha. 27.57-61

Os fariseus vigiam o túmulo de Jesus 27.62-66

VII - A VITÓRIA PELA RESSURREIÇÃO

Jesus é ressuscitado. 28.11-10

Os fariseus tentam explicar o túmulo vazio 28.11-15

Jesus encontra seus discípulos e determina-lhes a grande comissão 28.16-20

VIII - CARACTERÍSTICAS PARTICULARES DE MATEUS

a) A expressão “reino dos céus” surge 32 vezes.

b) Conflitos de Jesus com os escribas. 15 vezes.

c) O Evangelho de Mateus é o primeiro que enfoca a salvação a todos os homens e não apenas aos judeus. Ele começa falando dos magos que vieram do oriente e termina com a expressão "ide“ e fazei discípulos de todas as nações (Mt. 8.11; 11.28; 12.41; 13.43; 15.21,28).

d) Os seis notáveis discursos de Jesus.

  • O sermão da montanha - a constituição do reino. (cap. 5-7)
  • Sermão do comissionamento – a divulgação do reino. (cap.10)
  • Parábolas – a natureza do reino. (cap.13)
  • Sermão sobre a Igreja – a comunhão do reino. (cap.18)
  • Censura dos escribas e fariseus – a oposição do reino. (cap.23)
  • Sermão escatológico – o futuro do reino. (caps.25-26)

e) Mateus cita mais palavras de Jesus do que qualquer outro evangelista.

f) Mateus e o Pentateuco.

  • Jesus foi salvo da morte como também o foi Moisés. (Mt 2.13 - Êx 1.15 – 2.10)
  • Jesus fez sinais e prodígios como também os fez Moisés no Egito (Mt 8.9 - Êx 4.12)
  • Jesus resplandeceu no monte da transfiguração como brilhou também Moisés no monte Sinai (Mt. 17.2 - Êx 34.29-35)
  • Jesus para ensinar e outorgar a lei do Reino de Deus subiu ao monte. Moisés também num monte falou ao povo (Mt. 5.1 - Êx 34.31).
  • “Quem hoje lê o Evangelho de Mateus, depois abre a lei de Moisés, descobre riquezas e sabedoria incalculáveis que os escribas e rabinos judeus nunca perceberam porque lhes faltava à aplicação da lei, que o Espírito Santo revelou a Igreja, através de Mateus. Razões nós temos, portanto, e de sobra, para dar graças a Deus pelo muito que Mateus nos transmitiu das palavras de Jesus”.

O Evangelho segundo Mateus, apresenta Jesus como “O Messias Prometido”, contendo 28 capítulos e 1.071 versículos.

MARCOS – “O Evangelho do servo de Deus”

CONSIDERAÇÕES.

Este é o mais antigo dos quatro Evangelhos, transcreve organizadamente os feitos de Jesus. Foi base para os demais evangelistas pelo seu valor estimado e sua tal importância.

AUTOR

“Visto que os títulos somente mais tarde foram adicionados aos Evangelhos, dependemos da tradição antiga e das evidências internas no que tange a questão de autoria. O primeiro dos Evangelhos a ser escrito deriva seu nome de João Marcos, o qual figura como companheiro de Paulo, Barnabé e Pedro, no livro de Atos e nas epístolas. Papias, pai da Igreja antiga, segundo se sabe, disse na primeira metade do século II d.C. que Marcos anotou cuidadosamente, em seu Evangelho, as reminiscências de Pedro sobre a vida e os ensinamentos de Jesus, embora sempre em ordem cronológica ou retórica, porquanto seu propósito era o da instrução espiritual, e não fazer uma crônica dos acontecimentos. Irineu, Clemente de Alexandria, Orígenes e Jerônimo confirmam a autoria de Marcos, em associação com Pedro.” (Panorama do Novo Testamento – Gundry – Edições Vida Nova)

O nome Marcos é romano, aparece 9 vezes no Novo Testamento. At. 12.12,25 – 13.5,13 – 15.37-39 - Cl.4.10 - II Tm.4.11 - Fm.23-24 - I Pe. 5.13. Acredita-se que ele era levita e natural de Chipre.

Pedro o chamava de “meu filho”. I Pe. 5.13, parecendo-nos que o moço era seu filho na fé. Muitos consideravam que este Evangelho deveria chamar-se, “Evangelho de Pedro”, transcrito por Marcos.

Por paixão de Pedro pelo Evangelho do Senhor Jesus e seus relatos a respeito os levaram Marcos a escrever. Porém esta afirmativa seria injusta porque ele tem estilo próprio, resume os fatos com grande objetividade, tem simplicidade e linguagem direta como a linguagem popular.

LUGAR E ÉPOCA

A primitiva tradição cristã deixa transparecer incerteza sobre se Marcos escreveu seu evangelho antes ou depois do martírio de Pedro (64 d.C.), e eruditos modernos disputam acerca da data em que Marcos escreveu. Aqueles que consideram “a abominação desoladora”, em 13.14, como referência à queda de Jerusalém, no ano 70 d.C., depois que a mesma teve lugar, necessariamente, datam o livro após esse evento. Mas uma alusão pós-evento à destruição do templo por certo teria sido mais clara, e esse método de datar supõe que o versículo em pauta é uma referência histórica retrospectiva, e não uma genuína predição feita por Jesus. Faltam-nos informes para responder com firmeza à pergunta sobre a data. Porém, quando alguém aceita o fenômeno da profecia preditiva, não existem quaisquer razões competidoras que o levem a negar uma data anterior ao período de 45-70 d.C.. De fato, se Lucas encerrou o livro de Atos sem descrever o resultado final do julgamento de Paulo em Roma, porquanto tal julgamento ainda não sucedera, então Atos deve ser datado em cerca de 61 d.C., o seu volume anterior e companheiro, o Evangelho de Lucas, deve ser datado em pouco antes disso, e, visto que o evangelho de Marcos foi utilizado por Lucas, Marcos deve ser datado ainda em data mais recuada, na década de 50 ou fim da década de 40 d.C.

Marcos conta que quem carregou a cruz de Jesus foi o pai de Rufo, Mc.15.21. Este era membro da Igreja em Roma, Rm.16.13. Crê-se que Marcos escreveu em Roma onde assistia Paulo, que estava preso.

I - O PLANO DO EVANGELHO DE MARCOS

• A atividade de Jesus na Galiléia – caps.1-9.

• A última viagem de Jesus à Jerusalém – caps.10-13.

• Sofrimento, morte e ressurreição de Jesus – caps.14-16.

“Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com poder”.

“O qual andou fazendo o bem, e curando a todos os oprimidos do diabo”.

“Todas as coisas que fez, tanto na terra da Judéia como em Jerusalém”.

“Ao qual mataram pendurando no madeiro”.

“A este ressuscitou Deus”.

“E fez que se manifestasse testemunhas que Deus antes ordenara”.

“E nos mandou pregar e testificar”.

II - CONSIDERAÇÕES PARTICULARES DE MARCOS.

Marcos apresenta Jesus como o servidor, vemos aí a confirmação de Isaías 52.13 “Eis que o meu servo operará”.

João Marcos diz: “o Filho do Homem que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos” Mc. 10.45.

Marcos mostra durante todo o tempo Jesus ajudando, socorrendo, salvando, mostrando compaixão e amor, servindo, e nunca se furtando a servir!

Podemos observar que tudo isto, foi confirmado pelos príncipes, que mesmo zombando “Dele” disseram. “Salvou aos outros Mc. 15.31 ).

Marcos demonstra grande sensibilidade ao descrever o estado de espírito do homem chamado Jesus veja...

• Ele conheceu o seu espírito (2.8).

• Ele se condoeu da dureza de seus corações (3.5).

• Ele estava admirado da incredulidade deles (6.6).

• O seu olhar chama a atenção (3.5,34 - 5.32 - 8.33 - 10.21,23,27).

Pedro é citado em Marcos mais do que em qualquer outro Evangelho. Encontramos referências ao apóstolo Pedro em 10 dos 16 capítulos.

Por duas vezes Marcos conta como Jesus visitou Betsaida, cidade de Pedro (6.45 - 8.22). São numerosas as citações sobre o mar, os barcos, as redes, a pesca, etc. (2.13 – 3.7 – 4.1 – 5.1 – 5.21 – 6.32,48 – 7.31 – 8.10), e todos sabemos que Pedro era pescador.

Certo escritor disse. “Se desejamos saber o que Cristo fez por nós, como Ele destruiu o poder de Satanás, fazendo de todos nós filhos de Deus e herdeiros da vida eterna, temos que pesquisar o Evangelho de Marcos. Pois ele foi agraciado por Deus e teve o privilégio de ser o primeiro escritor a registrar para a posteridade a maior de todas as histórias!”

III - O MINISTÉRIO PÚBLICO DO FILHO DE DEUS

• O precursor de Jesus “João Batista” (1.1-8).

• O batismo e tentação de Jesus. (1.9-13).

• O início do ministério público de Jesus e vocação dos primeiros discípulos. (1.14-20).

• Atividades de Jesus em Cafarnaum e arredores (1.21 – 4.34).

• Atividades de Jesus na região do Mar Tiberíades. (4.35 – 7.23).

• Viagem de Jesus em Betsaida. (8.22-26).

• Viagem de Jesus a Cesaréia de Filipe. (8.27-9.1).

• A transfiguração de Jesus. (9.2-29).

• A última viagem de Jesus a Jerusalém. (9.30 – 10.52).

• Entrada de Jesus em Jerusalém e sua atividade ali. (11.1 – 12.44).

• O sermão escatológico de Jesus. (13.1-37).

• Jesus ressuscita. (16.1-20).

O Evangelho segundo Marcos apresenta Jesus como “O Servidor Prestativo”, contendo 16 capítulos e 678 versículos.

LUCAS – “O Evangelho do Salvador compassivo“ – O Filho do Homem

CONSIDERAÇÕES

O Evangelho de Lucas é na verdade o primeiro volume de uma obra apresentada em dois volumes, sendo o livro de Atos o segundo volume. Mas por hora vamos estudar somente a primeira parte.

AUTOR

Como nos demais Evangelhos o autor não se identifica. Mas a tradição da igreja primitiva e as próprias escrituras nos revelam fatos interessantes.

a) Segundo as escrituras o terceiro Evangelho e o livro de Atos tem o mesmo autor, (Lc 1.1-4 - At 1.1) e foi um dos companheiros de Paulo, (At 16.10-17 - 20.5-16 - 21.1 - 28.16).

b) Segundo a tradição da Igreja primitiva esse autor foi Lucas.

c) Segundo Cl. 4.14 e Fm 24, Lucas ficou com Paulo em Roma, possivelmente seu companheiro nos últimos dias. Ele foi chamado de “O médico amado”, daí o fato de apresentar com precisão as doenças e o modo como Jesus curava. Pessoas entendidas na matéria dizem que Lucas emprega expressões em termos técnicos usuais na ciência médica da época. Como psicólogo suas observações são notáveis, (Lc.18.34 - 23.12 - 24.21).

I - ÉPOCA

Eruditos que admitem que Lucas usou o Evangelho de Marcos como fonte para escrever seu próprio relato datam o terceiro Evangelho por volta do ano 70 d.C. Outros, entretanto, salientam que Lucas escreveu seu Evangelho antes de Atos dos Apóstolos, que ele escreveu durante o primeiro encarceramento de Paulo pelos romanos, cerca de 63 d.C.. Com Lucas estava em Cesaréia de Filipe durante os dois anos em que Paulo ficou preso lá (At. 27.1), ele teria uma grande oportunidade durante aquele tempo para conduzir a investigação que ele menciona em 1.1-4. Se for este o caso, então o Evangelho de Lucas pode ser datado por volta de 59-60 d.C., mas no máximo até 75 d.C.

II - PROPÓSITO DO AUTOR.

Ele informou-se minuciosamente de tudo, desde o princípio. Como todos os evangelistas, Lucas tem como objetivo apresentar Jesus. Contudo seu enfoque principal é apresentar Jesus como homem, simplesmente um homem perfeito. Lucas apresenta um homem que se compadece dos necessitados, que estende a mão ao carente, que tem ternura para dar aos amargurados, amor para os que estão ressecados pelo ódio, poder para os fracos, que levanta os caídos, que alimenta os famintos, que tem bálsamo para aliviar a dor das feridas abertas, que carrega em seus ombros a ovelha perdida e desgarrada, que não sabe vingar-se, mas que sabe perdoar.

III - O PLANO DO EVANGELHO DE LUCAS.

• Introdução, precedentes, nascimento e preparação de Jesus (1.1 a 4.13).

• O trabalho na Galiléia e cercanias (4.14 a 9.50).

• Caminhando para Jerusalém (9.51 a 19.27 ).

• Chegada a Jerusalém, atividade em Jerusalém (19.28 a 24.53).

IV - CARACTERÍSTICAS PARTICULARES DE LUCAS.

Evangelho de Lucas tem notáveis características que o distinguem dos demais.

• O Evangelho dos gentios (2.1 - 3.1 - 3.23-38 - 2.32 - 7.1-10 - At 10.1-33 - 27.1,43)

• O Evangelho dos perdidos (19.10 - 7.36-50 - 23.39-43).

• O Evangelho dos pobres (6.20 – 12.15-21 – 16.19-32 – 11.41 – 12.33 – 14.13,31 – 16.9,19)

• Adverte o perigo e da ganância e ambição pelas riquezas (12.15-21 – 16.19-31).

• O Evangelho da mulher (1.26 - 2.1 - 1.39 - 2.36 - 8.2 - 24.10 - 10.38-42 – 7.36-50 – 11.27), corroborando com as palavras do apóstolo Paulo que diz. “Nisto não há... Macho nem fêmea... Vós sois um em Cristo Jesus” Gl. 3.28.

• O Evangelho da oração (3.21 – 5.16 – 6.12 – 9.29 – 22.40-46 – 23.46 – 11.5-10- 18.1-8 – 8.9-14).

• O Evangelho da alegria (1.14 – 10.17 – 10.21 – 15.7,10 – 15.24 – 24.41 – 24.52).

• O Evangelho de louvor (1.46-55 – 1.68-79 - 2.14 – 2.29-32).

A causa primordial de tal alegria é essencialmente a poderosa salvação que Lucas anuncia na pessoa de Jesus. Se o Evangelho de Marcos é também o Evangelho de Pedro, podemos dizer também, que o Evangelho de Lucas é o Evangelho de Paulo, porém ambos, aliás, todos os quatro, são. “O Evangelho de Jesus Cristo – A Fonte da Alegria”.

O Evangelho segundo Lucas, apresenta Jesus como “O Filho do Homem, o Salvador Compassivo”, contendo 24 capítulos e 1.149 versículos.

JOÃO – “O Evangelho do Filho Eterno”.

CONSIDERAÇÕES

“Que é a verdade?”. Esta pergunta é encontrada num trecho do Evangelho de João, achado pela primeira vez em pedaço de papiro (Fragmento de Rylands), há poucos anos no Egito, no qual continha 30 palavras em grego, este trecho é João 18.31-33,37,38. Este pequeno fragmento, pode responder a pergunta do versículo 38 e no tocante a época que esse Evangelho foi escrito.

AUTOR

A antiga tradição da Igreja atribui o Quarto Evangelho a João, “o discípulo a quem Jesus amava” (13.23; 19.26; 20.2; 21.7,20), que pertencia ao “círculo íntimo” de seguidores de Jesus (ver Mt. 17.1; Mc. 13.3). De acordo com os escritores cristãos do século I, João mudou-se para Éfeso, provavelmente durante a Guerra Judaica de 66-70 d.C., onde continuou seu ministério. Por exemplo, Irineu, o bispo de Lyons, na última parte do século II, declarou que “João, o discípulo do Senhor, que também aprendeu sob seu seio, publicou um Evangelho durante sua estada em Éfeso, na Ásia” (Contra Heresias 3.1.1). Alguns eruditos sugerem que Jo 19.35 e 21.24 podem refletir outro autor que coletou o relato do testemunho ocular e testemunhos do apóstolo. Entretanto, o tamanho da evidência, tanto interna quanto externa, sustenta João, o apóstolo, como autor.

Apesar do Evangelho de João, omitir também quaisquer informações explícitas ao seu autor material, pode concluir pela sua leitura, que.

a) O Autor é judeu, conhecem bem os usos e costumes dos judeus, as festas celebradas em Israel, está familiarizado com o meio em que vive, conhece bem a Terra Santa, fazendo algumas citações, como. Caná da Galiléia, Betânia, Ribeiro de Cedron, etc.

b) O Autor é uma Testemunha (19.35 – 21.24).

c) O Autor cita o momento exato dos acontecimentos (1.39 – 4.6,52).

d) O Autor cita medidas de distância (6.19 - 11.18).

e) O Autor é o discípulo a quem Jesus amava (21.20,24).

Este era um dos discípulos mais chegados ao mestre que entrou com Ele no quarto de Jairo, o que com Ele subiu ao Monte da Transfiguração, que o acompanhou na agonia do Getsêmani. Os discípulos mais íntimos de Jesus foram. Pedro, Tiago e João.

Não foi Pedro quem escreveu este Evangelho, 13.23,24 – 20.2-6.

Tiago foi morto no ano 44 d.C.

Então só pode ter sido escrito por João, o filho de Zebedeu.

ÉPOCA

A mesma tradição que localiza João em Éfeso sugere que ele escreveu seu Evangelho na última parte do século I. Na falta de provas substanciais do contrário, a maioria dos eruditos aceita essa tradição, colocando data por volta do ano 90 da nossa era.

I - PROPÓSITO DO AUTOR

Como propósito, João apresenta Jesus como Filho de Deus e revela o mais profundo sentido espiritual que se esconde por trás de fatos aparentemente simples. Ele revela os mistérios de Deus. Um dos propósitos, também do Evangelista é combater uma heresia da época chamada ebionitas, que dizia ser Jesus um mero homem. João se esforça para nos fazer conhecidas as profundezas de Deus.

Explica de maneira mais ampla o significado espiritual do nascimento de Jesus (1.1-5,9,14). Os sinóticos descrevem alguns versículos para contar os milagres de Jesus, porém João descreve poucos milagres, mas dedicando um amplo espaço à divindade de Jesus, pois ao mesmo tempo em que relata um milagre, ele traz uma argumentação doutrinária, rebatendo heresias, desmascarando adversários e exaltando a pessoa de Jesus. Deste modo a cura do cego de nascença ocupa todo o capítulo 9; a ressurreição de Lázaro ocupa todo o capítulo 11; A primeira multiplicação dos pães (o único milagre descrito pelos quatro evangelistas) teve continuidade no sermão em que Jesus se apresenta como o Pão Vivo que desceu do céu e que dá vida ao mundo (cap. 6).

João fala da vinda do Espírito Santo, de Sua natureza, operação, e dos Seus propósitos, visto que somente pela revelação do Espírito Santo, pode o crente assimilar a deidade e a perfeição de “Jesus como Filho de Deus” (I Cor. 2.10-12).

II - O PLANO DO EVANGELHO DE JOÃO

• Introdução (1.1 – 2.12)

• Jesus se manifestando ao povo (2.13 – 12.50).

• Jesus se manifestando aos seus discípulos (13.1 – 21.25).

III - CARACTERÍSTICAS PARTICULARES DO EVANGELHO DE JOÃO

• Onde Jesus operou. João destaca a obra de Jesus na Judéia e em Jerusalém.

• Por quanto tempo Jesus operou. Analisando as viagens de Jesus para as festas em Jerusalém podemos definir que o ministério do Senhor durou três anos (2.13 - 5.1 - 6.4 – 7.2 – 12.12).

• O que Jesus Ensinava. João teve conhecimento dos atos de Jesus e recordações como mais ninguém, por isso pode relatar tesouros tais como. “Deus amou ao mundo de tal maneira”, “Eu sou o caminho, a Verdade, e a Vida”, “Um novo Mandamento vos dou”, “O meu reino não é deste mundo”.

• Como Jesus se expressa no Evangelho de João.

“Eu falo do que junto de meu Pai”. ( 8.38 )

“Eu Sou o Pão da Vida”. ( 6.48 )

“Eu Sou a luz do mundo”. ( 8.12 )

“Eu Sou o que testifico de mim mesmo”. ( 8.18 )

“Eu Sou de cima. Eu não sou deste mundo.” ( 8.23 )

“Antes que Abraão existisse, Eu Sou”. ( 8.58 )

“Eu Sou a porta”. ( 10.9 )

“Eu Sou o bom pastor”. ( 10.11 )

“Eu e o Pai somos um” ( 10.30 )

“Eu sou a ressurreição e a Vida”. ( 11.25 )

“Eu vos dei o exemplo”. ( 13.15 )

“Eu Sou o Caminho, a Verdade, e a Vida”. ( 14.6 )

“Eu Sou a videira verdadeira”. ( 15.1 )

“Eu falei abertamente ao mundo; eu sempre ensinei na sinagoga e no templo... e nada disse em oculto” (18.20 ).

“Agora a minha alma está perturbada; e que direi eu? ( 12.27 )

Uma característica de João é à força dos testemunhos, e o próprio Jesus se firma neles para cobrar aceitação de suas palavras. Temos.

• O Testemunho do Pai (5.34,37 - 8.18)

• O Testemunho do Filho ( 8.14 - 18.37)

• O testemunho do Espírito Santo (15.26 – 16.13,14)

• O Testemunho das Escrituras ( 5.39-46)

• O Testemunho das Obras ( 5.36 - 10.25).

• O Testemunho do precursor ( 1.7,15,29 - 5.33)

• O Testemunho dos Discípulos ( 15.27 – 19.35)

João mostra Jesus como o Filho de Deus, pré-existente à criação do universo material, coexistente com o Pai. Sua natureza essencial é vida e luz. Jesus é o autor da criação, pois “os mundos, pela palavra de Deus foram criados”, e Jesus é a palavra, o Verbo, a Palavra se fez carne; os que crêem e pela fé recebem a Palavra, O recebem.

Sua missão na terra é fazer-nos conhecer o Pai. João parece entender perfeitamente a importância de seu propósito, pois transcreve tanto a esse respeito, parecendo querer suprir a omissão dos evangelistas. Mateus, Marcos, e Lucas. “Os chamados sinóticos.”

O Evangelho segundo João, apresenta Jesus como “O Filho Eterno”, contendo 21 capítulos e 879 versículos.

Fonte: Profº Dionísio P. Santos