TOQUE BEM E COM JÚBLIO

MÚSICA E LITURGIA

Estamos no tempo de renovação musical no Brasil. Com o surgimento de novos ritmos, novas tendências, novas técnicas, acesso a tecnologias, instrumentos e estudos. Vimos, nesses últimos 5 anos, um aumento na qualidade e na quantidade de músicos em atuação no país.

Há alguns anos venho atuando na área de louvor e adoração e gostaria de dividir algo que tenho aprendido nesse tempo sobre alguns tipos de músicos que encontramos nas Igrejas:


1. É aquele que não gosta de estudar música. Isso soa engraçado, já que é através de estudo e prática que qualquer coisa pode ser aprimorada. É aquele que diz: “O que é que eu tenho a ver com estudo? Eu toco bem de ouvido e estudar para tocar foi coisa do Velho Testamento e estamos na época da graça. A Igreja precisa ter música com balanço, com ginga... É só sair tocando! Além de tudo, hoje em dia ninguém tem tempo de ficar estudando feito Levita”. Sl. 33:3 diz: “Cantai-lhe um cântico novo, tocai bem e com júbilo.”
Creio ser impossível fazer algo bem feito sem ter se preparado para isso. Nenhum pregador, por melhor que fale pode pregar bem a não ser que se prepare. Nenhum músico deve tocar ao Senhor sem que se esforce em estudar e assim oferecer-lhe o melhor daquilo que faz.
Um bom músico preocupa-se em oferecer o melhor ao Senhor. É aquele que constantemente coloca suas intenções na presença do Pai e pede que Ele o mantenha sempre com um coração quebrantado em Sua presença. É aquele que estuda a palavra, tem um tempo diário com Ele e mantém seu espirito sensível aquilo que o Espirito Santo o direciona enquanto ele toca ou canta. Mas é também, aquele que se dedica ao seu instrumento, estuda a melhor maneira de utilizar sua voz, ouve novas músicas, faz o possível para ser um bom músico.

2. É aquele que estuda muito. Quando pode, passa o tempo todo estudando, sabe todas as músicas do guitarrista tal ou do baterista tal. Tem todos os discos do melhor grupo instrumental do mundo. Quando você para conversar com um sujeito, ele faz perguntas sobre todo o conhecimento de musica possível. Pergunta coisas (que ele já sabe) como: Você sabe quais sãos as opções de arpejos para a progressão tal?. Quais são as passagens cromáticas sobre a escala tal? É o consumidor número 1 de vídeo aulas, métodos, livros e tudo que existe na área de ensino de música. As vezes, é um excelente músico, em muitas outras apenas decorou a maioria dessas fórmulas e mal sabe aplicá-las.

Mas esse tipo de músico tem um problema ainda maior, geralmente não ouve nenhum disco evangélico, porque “não tem qualidade, os músicos não tem técnica e o som é fraquinho.” Não procura conhecer os louvores que outros irmãos cantam nas Igrejas. Não se preocupa em aplicar toda técnica que conhece a serviço do Senhor. Não sabe de um único versículo que fale sobre música na Bíblia, muito menos versos sobre louvor e adoração. Pior ainda, alguns nem se quer conhecem a Deus. Estão na Igreja apenas fazendo nome ou tentando ganhar maior destaque. “Este povo que se aproxima de mim, e com sua boca e com os seus lábios me honram, mas tem afastado de mim o seu coração, o seu temor para comigo consiste em mandamentos de homens aprendidos de cor.”(Is. 29:13).

3. É claro que existe um terceiro tipo:. Servos do Senhor empenhados em louvá-lo com o melhor que ele sabem. Pessoas que levam a sério a função que Deus lhes deu no corpo de Cristo. São estudiosos da palavra, conhecem e prosseguem em conhecer a Deus. Tem comunhão com os irmãos e além de tudo estudam música para oferecer algo de melhor a Deus. Se você se encontra em qualquer dos dois primeiros tipos, peça perdão ao Senhor por toda a negligencia com que voce tem feito seu serviço e peça que o Espírito Santo o oriente e o faça um verdadeiro adorador, em espírito e em verdade. Mas se você já entendeu tudo isso um dia e hoje já vive uma vida vitoriosa com Jesus usando aquilo que você faz, gostaria de dar algumas sugestões de estudo na área da música. Eu espero que você possa conhecer ainda mais ao Senhor e a música como instrumento dEle.
ELE QUER LEVANTAR UM EXÉRCITO DE ADORADORES (João 4:23,24), e esta treinando nossos dedos para a batalha com as armas do louvor “Bendito seja Deus, minha rocha, que a destra minhas mãos para a guerra e meus dedos para a batalha.” (Salmo 144:1) Cada um de nós, deve tomar a decisão de dedicar tudo o que somos ao Senhor e assim cumprir aquilo para o qual Ele nos tem preparado.

Toque bem e com Júbilo!!!

(Marcelo Bueno)

O CARÁTER NA ADORAÇÃO

INTRODUÇÃO:

Quando Deus criou o homem, Seu objetivo foi bem claro, Ele desejava ter comunhão com o homem. Esta comunhão não se limitava a conversa entre duas pessoas, mas tratava-se de ter comunhão corpo, alma e espírito. Até então, não existia nada que pudesse separar tal comunhão. Vemos que fazia parte do cotidiano do Éden, na viração do dia Deus vir Ter comunhão com Seus filhos, temos uma demonstração disso em Gênesis 3:8.

Como a palavra de Deus nos relata Adão e Eva tomaram a decisão errada, quando escolheram assumir o controle de suas vidas. A principal conseqüência dessa atitude foi que a comunhão para que fomos criados foi destruída pela presença do pecado em nossa vida e corpo, alma e espírito ficaram debaixo do poder da morte (separação da presença de Deus). O que separou o homem de Deus foi o que ele fez ou a sua motivação? Esta é a grande diferença, que nos faz compreender a importância do que é caráter na adoração.

O livro do Evangelho de João nos dá uma das afirmações mais poderosas a respeito de louvor e adoração, quando diz que Deus Pai procura adoradores que o adorem em espirito e em verdade. Vamos ver a diferença entre louvar e adorar e como nosso caráter vai influir nesta questão que é a mais importante de nossas vidas.

O que fazemos... nem sempre revela o que somos!

Por mais simples que seja esta frase, ela expressa uma profunda realidade no reino de Deus, porque mais importante do que as coisas que fazemos, precisamos entender que o reino de Deus esta baseado naquilo que somos, não naquilo que fazemos. Este é o princípio que Jesus declara quando diz que uma árvore má não pode produzir bons frutos, nem uma fonte que jorra água salgada, jorra água doce. (Lucas 3:9).

Quando entendemos este princípio estamos prontos para avaliar o quão importante é o caráter do cristão e como este caráter vai interferir diretamente no louvor e adoração. (João 4:23,24).

O Pai procura Adoradores

Este episódio narrado pelo evangelho de João nos dá uma perspectiva muito profunda do assunto que estamos abordando. Jesus, conversando com uma mulher que achava que religião se limitava a ir numa Sinagoga, ou prestar culto em algum monte distante e qual não é sua surpresa ao ouvir que Jesus falava de verdadeiros adoradores?
Nós somos como definição Bíblica: Espírito, Alma e Corpo.

  1. NOSSO ESPÍRITO: - Lugar criado por Deus, com a Sua imagem e semelhança, lugar esse para que houvesse comunhão plena com o homem, mas por causa do pecado, este lugar se tornou morto. (Gen. 2:17 – Rm 6:23 – Tg. 1:15)
  2. NOSSA ALMA: Esta é a área da nossa vida que contém nossas emoções, nosso caráter, personalidade, pensamentos e intenções do coração. (Hebreus 4:12)
  3. NOSSO CORPO: - Nosso corpo é essa massa de carne e ossos que carregam nossa alma e nosso espírito, é que dão expressão a tudo que fazemos, e que somos. (Apertar as mãos e abraçar quem esta por perto) Salmo 133:1

Como louvamos e adoramos a Deus?

Louvor:

Louvar significa admirar, falar bem, elogiar, engrandecer. Embora nós não nos apercebamos, mas diariamente nós estamos louvando muitas coisas ao nosso redor, como por exemplo quando de manhã você elogia o café que sua mulher preparou, com aquele ovos com bacon ou, quando seu filho faz aquele desenho que mais parece arte contemporânea que você olha de todos os lados para tentar entender.... E assim mesmo você diz: “Filho que coisa mais linda!”

Ou quando seu cachorro vem abanando o rabo, ou quando seu peixinho dourado faz uma nova acrobacia, quem sabe?!

Bem como você vê, louvor faz parte do nosso cotidiano, e quando louvamos a Deus nós estamos admirando os atributos do Seu caráter, como Sua fidelidade, Sua bondade, Seu amor, Sua longanimidade, Sua retidão, Sua justiça, Sua misericórdia, e estamos usando nossa alma para fazer isto. Agora qualquer um pode fazer isto!!! A natureza também pode louvar a Deus, (Salmo 19:1). Como você pode ver, louvor qualquer pessoa pode dar a qualquer coisa ou pessoa.“ (Salmo 9:11 – Salmo 33:2 – Salmo 67:3 – Salmo 42:12).

Adoração:

Mas quando abordamos o tema adoração, temos que entender, que por causa da queda do homem (o pecado), nosso espírito ficou totalmente incapaz de realizar sua função principal de nossa vida, que é termos comunhão de espírito para o Espírito de Deus. Mas graças a Deus que enviou Jesus Cristo, Seu único filho, para que, na cruz, nos reconciliasse, espírito, alma e corpo. Sim, obra da cruz é a única maneira de podermos adorar ao Pai, em outras palavras, não existe adoração se não quando entendemos que só podemos entrar na presença do Altíssimo e adorá-Lo em espírito quando Ele, Jesus Cristo, já tiver redimido seu espírito através de Seu precioso sangue. Esta sem dúvida, é a relação mais importante para viver uma vida de louvor e adoração.

A natureza não pode adorar ao Senhor, os animais não podem adorar ao Senhor, o homem decaído não pode adorar ao Senhor, somente os filhos.

Adoração não vem da beleza das melodias que cantamos, nem ao menos da poesia e da arte do escritor, adoração nasce do momento que recebemos a revelação de que nosso espírito estava morto em delitos e pecados e Ele nos deu vida, de que nos fez uma geração eleita, sacerdócio real, nação santa (Ef.2:1 – I Pedro 2:9 – Mateus 16:13-23).

Como nosso caráter nos ajuda ou nos atrapalha

Seu caráter representa a somatória das coisas que você crê e faz. Se seu caráter tem um critério ou gabarito correto então sua conduta também será correta. Em outras palavras, não é suficiente cantar boas canções, expressar sentimentos, gritar, dançar, etc... Precisamos Ter uma vida que condiga com aquilo que estamos cantando! Você é uma pessoa que visivelmente é um “Louvador” e adorador nos finais de semana, e no seu trabalho tem hábitos que desonram o evangelho, seu caráter vai influenciar diretamente na qualidade da sua adoração. Bem, não estamos falando de alguém que não é convertido, falamos de pessoas que já fizeram de Jesus seu Senhor e Salvador, mas seu caráter ainda tem uma prisão ao passado.

O que a palavra de Deus tem a nos dizer para este tipo de pessoa, que embora esteja vivendo a vida cristã, esteja distante de expressar com sua conduta o novo nascimento que Jesus disse que teríamos? (Romanos 6:4).

Ande no Espírito

As obras da carne, foram as únicas coisas que restam da nossa velha vida. Quando Jesus destruiu o corpo do pecado na cruz e nós o sepultamos pelo batismo, foi aniquilado de uma vez por todas a nossa velha natureza! Glória a Deus! Mas o que acontece conosco que, mesmo depois de passarmos por esta experiência definitiva, ainda assim continuamos a pecar? Deixe-me ser sincero com você. Imagine que os anos que você viveu debaixo do poder do seu orgulho, auto suficiência, do espírito deste mundo, te ensinaram a ser e a Ter um caráter inclinado as coisas erradas! Certo? Bem Jesus destruiu o pecado em sua vida não o seu caráter! Lembre-se que seu caráter faz parte de sua alma, bem como sua personalidade, Deus não deseja que não tenhamos personalidade ou caráter, mas nós estávamos sendo doutrinados grande parte de nossa vida pelo pecado, e embora este poder do pecado não opere mais em sua vida, você tem aí dentro muitos anos de “escola de pecadores”. Então neste novo reino você precisa reeducar sua mente (Tito 2:12 - Romanos 1:1,2 – Romanos 8:13). Precisamos entender que nossa carne vai militar ou batalhar contra nosso espírito e que somente vencerá aquele que estiver bem alimentado. É isto mesmo, a quem você alimentar mais vai ser o vencedor, se estiver alimentando mais sua carnalidade, então não espere Ter uma vida cristã vitoriosa, mas se pelo espírito mortificardes as obras da carne vivereis!.

Lembre-se que a prática de uma vida carnal nos levará a viver um evangelho medíocre e derrotado, sem que possamos provar da nossa herança, que é o melhor de Deus para nossa vida (Gálatas 5:16 a 21).

Faça um grande depósito

Como vimos em Romanos 12:1, Tito 2:12, é a palavra de Deus que irá limpar, reeducar, reprogramar nossa mente, então faça um grande depósito da Palavra viva de Deus em seu coração. Você lembra quando Pedro teve a revelação sobre quem Jesus era? (Mateus 16:13-23). É esse tipo de coisa que precisamos, não leitura dinâmica da palavra, mas precisamos da revelação destas verdades que vão reconstruir nosso caráter. Faça um grande depósito da Palavra em sua vida você verá que não somente seu caráter vai mudar como também sua profundidade de adoração será aumentada grandemente. II Pedro 1:4 nos declara que a medida que tomamos posse das preciosas promessa feitas pela palavra de Deus nos tornamos co-participantes de Sua natureza. Este é o caminho para que sejamos adoradores que vão adorá-lo em espirito e em verdade.

Pr. Silas A de Oliveira Filho

O MINISTRO DE LOUVOR

Vivemos em dias de muito movimento. Temos muitas “novidades” no ar. Existem muitas vozes se propagando e nossa tendência, como seres humanos que somos e tendo a capacidade de audição e observação, é ouvi-las. São muitos os ventos que sopram de todos os lados trazendo-nos noticias dessa movimentação.

Minha preocupação como ministro de Louvor e responsável pela área ou serviço (ministério) de música que o Senhor me tem dado, é não tirar os olhos das Escrituras e nem o coração da palavra. “Errais por não conhecer as escrituras e nem o poder de Deus”, dessa forma minha maior preocupação é que o meu coração busque e percorra as Escrituras para que eu não entre nas questões que tantas vezes estão entre nós como fundamentais. São modismos que chegam, influências que vêm daqui e dali e bombardeiam nossas mentes, que sopram todas essas informações aos nossos ouvidos, e na maioria das vezes, desconhecedores que somos da base da verdadeira adoração que a palavra nos oferece, acabamos sendo levados por tantas coisas boas aos olhos e até agradáveis aos nossos ouvidos, mas que na sua base, na sua raiz, não tem nada de adoração a Deus. Isso é um fator de grande preocupação, pois antes de sermos músicos, cantores ou compositores, somos Adoradores. E como tal, temos a responsabilidade de sermos sacerdotes. O louvor é o passaporte para a vitória, para a consumação da autoridade, restauração e fortalecimento do corpo de Cristo. Quando nos atemos a este tema, vemos que a palavra trata seriamente com os seus sacerdotes, com os seus levitas, com os seus cantores, com os seus músicos, com os seus adoradores, enfim, com todos os que estão compromissados com esse serviço (ministério). Todos eles estão comprometidos básica e profundamente com Deus, que há de receber a adoração, e não somente com os seus instrumentos ou com alguma estrutura morta. Nós queremos relacionamento e comunhão com o Pai. Queremos experimentar o amor e a bondade do Pai, e expressar isso através dos louvores, dos cânticos, da música, etc...

Pr. Germando Costa (Com. Carisma de Osasco)

A PRÁTICA

Depois de subtrair o tempo que você gasta dormindo, comendo, se divertindo, arrumando se carro, lavando suas roupas, indo ao banheiro, viajando de um lugar para outro e assistindo televisão, de um total de horas semanais, quanto tempo você gastou praticando? Não muito!. Se você está na escola, tem um emprego ou ambos, considere-se com sorte e realizado se você puder dedicar 3 (três) horas por dia para aperfeiçoar sua arte. Uma pequena quantia de tempo é muito valiosa desde como e quando é utilizada para determinar seu progresso. De quantos grandes instrumentistas ou cantores você tem ouvido falar que nunca praticaram? Você já ouvir falar de alguém que pratica todos os dias e não tem conseguido nada melhor? Não existe nenhum caminho mágico para se tornar bom da noite para o dia. Na verdade, o caminho para se tornar tão bom quanto possível, nunca termina.

A experiência de alguns professores de música indica que gasta-se aproximadamente 4 horas por dia durante 4 anos para se tornar um sério iniciante. Alguns “experts” dizem que leva-se uns 20 anos de trabalho antes que você se considere um mestre de música, embora isto dependa de vários fatores, incluindo o tipo de música que você esta interessado.

Independente do estilo, você precisa prosseguir em uma contínua e bem definida direção. Lembre-se que a água fura a rocha não pela força, mas pelo cair constante.

Tende de novo (João 21:5-6). Uma vez que não se chega a lugar algum sem que se saiba o objetivo, vamos trabalhar fazendo planos para seu futuro musical.

Determinando seus Objetivos

Isso requer uma profunda pesquisa. Pergunte-se se seus ideais são viáveis e realísticos e se é o que você deseja continuar nesta direção. Mantenha em mente que existem diferentes tipos de objetivos.

EXEMPLOS:

Objetivo. 1 – Ser o melhor músico neste ou em outro sistema solar

Objetivo. 2 – Tocar numa Banda cujos integrantes tenham interesses similares aos seus.

O objetivo 1 (um), é de longa duração. Pode levar toda a sua vida para alcança-lo, e pode não ser alcançado por completo (mas você deve sentir prazer em tentar).

O objetivo 2 (dois), é de curta duração, pois não demora tanto para ser alcançado. Tendo vários objetivos de curta duração você pode conseguir muita satisfação cada vez que alcança um. Depois disto, você pode estabelecer outros. A chave, no entanto é que os objetivos de curta duração estejam diretamente ligados aos de longa duração. Porque ensaiar com uma banda de blues (objetivo 2) se você quer ser um fino violonista clássico (objetivo 1)?

Como alcançar seus objetivos

Peça conselhos a conhecidos mais experientes, no que diz respeito ao que e como praticar. Faça uma lista de rotinas e matérias (livros didáticos, transcrições, etc) e você poderá formular seu próprio horário. Refine seu material de forma que ele melhore a música.

Organize-os e você poderá passá-los a outros (lecionar aumenta seus conhecimentos). Estude com diversos professores; cada um tem um modo singular de ver a música, e um bom professor pode tornar as coisas mais fáceis para você.

Lidando com os obstáculos

Um obstáculo é algo que bloqueia seu progresso. Cada um atrapalha de diferente forma. Uma vez que você identifica um obstáculo, ele pode ser minimizado ou removido.

É claro que as vezes você cria seus próprios obstáculos, suas próprias barreiras. Então esteja certo de que o material que você esta trabalhando, está relacionado com o seu objetivo, caso contrário você irá gastar seu tempo e energia e ficará frustrado com os pobres resultados.

Obstáculos podem ser vistos como teste para ver se você acredita sinceramente na música e continuará a tocar. Encontrar desafios (e criar novos) leva ao crescimento.

Agora é hora de organizar seus objetivos e valorizar se tempo. Faça uma lista das primeiras coisa que você deseja praticar e adicione outros itens mais tarde. Obviamente, o que você pratica depende do tipo de música em que você está interessado. Se for Rock, talvez você deva aplicar seu tempo em técnicas, ritmos, improvisos e aprender solos, tonalidades e leitura. Músicos clássicos tendem a se concentrar em técnicas, repertório e leitura. Enquanto jazzistas freqüentemente trabalham em técnicas, acordes, improvisos e leitura.

No que você trabalha também depende de suas exigências específicas. Às vezes é melhor trabalhar por vários períodos curtos durante o dia, ao invés de um longo. Se você perder sua concentração ou ficar chateado, trabalhe em algo mais diversificado para manter as coisas interessantes.

Finalmente, acreditar naquilo que se faz é importante. Afirme constantemente que seus objetivos de longa duração ajudam a tornar isto uma realidade, mas também lembre-se: “fé sem as obras é morta”.

É bem prazeroso estar no time da música. É alegria todo o tempo. Você, como eu, um dia decidiu entrar no mundo da música e claro que você teve motivos para isto. Um amigo, se pai que era músico ou simplesmente porque você achava legal.

Depois de Ter estabelecido seus objetivos quanto à música uma pergunta nos resta fazer: Deus, qual o seu propósito para minha vida através da música?

Todo o seu talento e toda sua prática não valerão nada no louvor e adoração se você não expressa o brilho da glória de Deus no que você faz.

Nossa vida deve transparecer a glória de Deus (Ex. 34:29).

Nos dias atuais, o Espírito Santo tem proporcionado um grande avivamento espiritual no meio da Igreja. Mas no meio desse “boom” espiritual, aparecem incrustadas em alguns sacerdotes e “adoradores”, evidências de uma desvirtuação do propósito inicial: Adorar ao Deus Eterno. Algumas pessoas tem procurado trazer para si a glória que só pertence a Deus.

As vezes eu paro e penso: “Será que eu sou muito exigente? Será que estou errado em querer o melhor na ministração ao Senhor?”

Más quando olho a realidade à minha volta, e a comparo com a palavra de Deus, vejo que não estou errado. Conheço algumas Bandas (ou grupos, como queiram) que possuem em seu meio pessoas que não são comprometidas com Deus nem com a Sua palavra e santidade. Ora, se a palavra diz que os adoradores (cantores e músicos) devem ser pessoas conhecedoras da palavra (levitas) e devem Ter comunhão íntima com Deus (I Crônicas 15:15-22), não vejo como pode ser possível Deus receber esses louvores pois os que oferecem sacrifícios à Deus, devem ser puros, perfeitos. Vejamos o que diz a palavra em Levítico 21:17-23 e tracemos um paralelo contextualizado:

Vs.17 “Fala a Arão dizendo: Ninguém dos seus descendentes nas suas gerações, em que houver algum defeito, se chegará para oferecer o pão do seu Deus.
Vs. 18 “Pois nenhum homem em quem houver defeito se chegará; como o homem cego (homem sem visão espiritual, sem olhos da fé que não consegue ver o propósito de Deus); ou coxo (defeituoso, o imperfeito, inválido perante os olhos de Deus); de rosto mutilado (deformado pela dualidade de servir a dois senhores); ou desproporcionado.
Vs. 19 “ou homem que tiver o pé quebrado (sem base de sustentação para adorar, sem firmeza e solidez de conhecimento ou solidez espiritual); ou mão quebrada (incapaz de fazer qualquer coisa em prol do reino....)
Vs. 20 “o corcovado (ou o torto, o que tem caminhos tortuosos e fora dos caminhos de Deus); ou o que tiver belida no olho; sarna ou impinges (contaminação, e manchas); ou que tiver testículo quebrado (ou incapaz de dar frutos).

O que podemos observar é que a palavra limita e impõe padrões para as pessoas oferecerem sacrifícios à Deus. Algumas pessoas podem dizer: “o que é importante é que eles (os que não tem compromisso com a obra de Deus, nem coma a sua palavra e santidade) estão aqui na casa de Deus e não no mundo!”. É verdade. Mas não quer dizer que devemos contaminar o serviço de adoração colocando essas pessoas (novas convertidas, só porque têm um Dom especial de música) para serem ministros de louvor, músicos na congregação. E quando insistimos nisso, colocamos toda a congregação sob bloqueio. Você pode dizer: Não é bem assim...

Busquemos a palavra...

Isaías 1:11 – 17

11 – De que serve a mim a multidão de vossos sacrifícios?...
12 – Quando vinde comparecer perante mim, quem vos requereu o só pisardes nos meus átrios?
13 – Não continueis a trazer ofertas vãs; o incenso é para mim abominação, e também as luas novas, os sábados, e a convocação das congregações; não posso suportar iniquidade associadas ao ajuntamento solene.
15 – Pelo que, quando estendeis as vossas mãos, escondo de vós os meus olhos; sim quando multiplicais as vossas orações, não as ouço porque as vossas mãos estão cheias de sangue.
16 - Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade dos vossos atos diante dos meus olhos; cessai de fazer o mal.

Podemos perceber claramente o zelo do Senhor com relação àqueles que d’Ele se achegam. Creio que o que nós lemos na palavra é o suficiente para cada um de nós, examinarmos e chegarmos a uma conclusão.

Dicas para condução

1) Liderando a adoração

a) Diferença entre cantar e dirigir o louvor. Fluência – Manter a fluência entre os cânticos.

Procurar aprender cânticos com o mesmo enfoque para manter a fluência,

Sensibilidade – Esteja sensível a direção do Espírito Santo durante o culto.

b) Dividindo

Entre os cânticos não “pregue”. Isso é função do pregador. Use mini exortações, procure algo que venha de encontro ao cântico, que reforce os pontos principais.

c) Dando direções

É isso que o líder de louvar faz! O dirigente do louvor está sempre ligeiramente a frente no verso do cântico. Quando o cântico é novo, fale sempre a próxima frase ou verso para que o povo não se disperse na leitura da letra ou se localizando no texto projetado.

2) Comunicação e visualização

Aos vocais e aos músicos: - mantenham a atenção no líder de louvor, nas suas falas, gestos e sinais.

O posicionamento do grupo de louvor é muito importante. Não tenham medo de olhar um para o outro. Isso é necessário!

3) Rompimento na Adoração

Não deixe os seus hábitos pessoais (Maneirismos, cacoetes, estórias, anedotas, etc...) tirar a atenção do povo durante o louvor.

4) Atividades que antecedem a Reunião

a) Tenha seu tempo diário com Deus. Não apenas no momento que você vai ministrar. Estabeleça uma “rotina” para isso. Tempo de meditação, oração, estudo da palavra, etc...

b) Mantenha a mentalidade sacerdotal. Você é um sacerdote! Mantenha-se pré-disposto a adorar. Mantenha a guarda do seu coração, é de lá que procedem as fontes de vida (Pv. 4:23).

c) Durante o “aquecimento”, ensaio e principalmente durante a reunião, evite ser o centro das atenções (The Star).

d) Nunca deixe para afinar os instrumentos ou repassar arranjos vocais depois do momento de oração da equipe musical. Isso desvia a atenção (dos músicos e do povo).

5) Ensaio & Prática

a) A regra básica: Adore, cante, ore, se aperfeiçoe no canto ou em seu instrumento, estude a palavra e tenha compromisso com ela e com a obra de Deus.

b) Estabeleça objetivos para os ensaios. Novas harmonias, novos arranjos, novas canções, harmonia e técnicas de vocalização, são áreas que devem ser observadas com maior ênfase.

c) Manter periodicidade dos ensaios. Cumprir horário de início e fim é fundamental. É compromisso! SEJA PONTUAL

d) Tenha certeza que a canção está bem ensaiada, antes de querer usá-la na reunião. Lembre-se: O que fazemos é adoração, louvor e entrega a Deus, e deve ser o melhor. Com o espírito, com arte e com qualidade (SL. 33:3).

e) Mensure e pondere os impulsos criativos durante a ministração (tocando ou cantando) para desenvolve-los depois, nos ensaios.

f) Confira a lista de cânticos. Cheque a lista durante a passagem ou antes do início das reuniões. Verifique os tons de cada música, os tempos e andamentos corretos, letras, etc...

g) Mudanças de tempo: é mais fácil diminuir o tempo do que acelerar...

h) Pratique linhas harmônicas com os cantores

i) MÚSICO: Pratique, pratique, pratique, pratique, pratique, pratique, pratique, pratique, pratique, pratique, pratique, pratique, pratique, pratique, pratique, pratique, pratique, pratique, pratique, pratique, pratique, pratique, pratique, pratique, pratique, pratique, pratique, pratique, pratique, pratique, pratique,

j) Lembre-se: Nem todo instrumento toca o tempo todo...

6) Aperfeiçoando-se

a) Continue se aperfeiçoando. Conheça seus pontos fortes e suas deficiências. Trabalhe neles para adquirir conhecimento. O processo é semelhante a escola secular. Pré primário, primário, ginasial, colegial, faculdade, mestrado, pós-graduação, doutorado, etc...

Você deve lembrar que a reunião na Igreja não é hora de treino.

7) Atitude

a) Entenda e conheça qual é o seu lugar. Tenha uma atitude profissional para cantar e tocar. Seja atento e sensível ao Espírito Santo. Seja sensível, treinável, submisso à liderança, seja maleável e comedido.

b) Tenha uma equipe espiritual, disponível de coração para aceitar a liderança. Música é uma linguagem. Comunique-se. A música é a ferramenta para as atividades como batalha espiritual e intercessão.

8) Reforço na técnica de som

a) Comunique-se com o seu técnico de som ou com sua equipe de som. Encoraje-os sempre!

b) Os microfones devem ser apropriados para o lugar e o tipo de uso que se vai fazer deles. Toque e cante (toque ou cante) diretamente no microfone, não em torno dele. Não bata palmas com o microfone nas mãos.

c) O ideal é que periodicamente alguém que seja técnico ou engenheiro de som verifique e avalie as condições dos equipamentos e detecte e/ou indique as novas necessidades.

9) Suporte Musical

a) Durante a abertura ou durante a adoração os músicos deverão dar suporte aos cantores e a congregação na fluência da adoração. Os instrumentos devem tocar suavemente e de fundo para prover suporte ao líder de louvor e ajudar a congregação.

10) Preparação espiritual

a) A fluência do ministro vem com seu estilo de vida:

1. Tenha uma vida devocional e de oração

2. Seja diligente no estudo da palavra de Deus

3. Mantenha guardado seu coração

b) Sempre que necessário, restabeleça suas prioridades semanalmente:

1. Seu tempo de comunicação (relacionamento com Deus).

2. Relacionamentos e responsabilidades em casa,

3. Trabalho secular e trabalho na obra do Senhor

4. Funções ministeriais – Tempo comprometido

5. Descanso, recreação, comendo e se exercitando corretamente.

11) Integridade Moral

O que você é, seus relacionamentos (em casa, no serviço, etc...)

12) Seja você

Seja livre para expressar o seu coração

Nota: - Se você é feliz em seu coração, em sua vida, por favor notifique o seu rosto!

FERRAMENTAS

O louvor e a adoração podem ser considerados como uma poderosa ferramenta, ou até como uma poderosa arma contra o inimigo, pois este é o processo pelo qual podemos entrar na presença de Deus. Quando o louvamos, expressamos o que Ele é. Enfocamos os atributos de Deus. Quando o adoramos, nos colocamos em seu altar e lhe oferecemos sacrifícios vivos de louvor, originários de um coração que ama o Senhor e que literalmente se “derrama” em sua presença, lábios (vidas) que confessam o Seu nome como Senhor.

Na ministração congregacional:

• O louvor e a Adoração estimula uma nova vida e o crescimento da Igreja (Salmo 43:5)
• O Louvor e a Adoração ajuda e facilita o crescimento espiritual e a sensibilidade às coisas do Espírito Santo (João 2:20,27)
• O Louvor e a Adoração é íntima comunhão com o Senhor (Salmo 108:1,3)
• É um renascimento com expressões visíveis de louvor e a adoração (Salmo 41:1`e Salmo 81:1e3)
• O Louvor e a Adoração como uma fonte de oração, devoção, intercessão e batalha espiritual (Hebreus 10:19-20 e Salmo 149:6-9).
• O Louvor e a Adoração ativa a convicção e o discernimento (II Crônicas 5:11-14)
• O Louvor e a Adoração pode mudar a história e as nações (II Crônicas 20:21-22)
• O Louvor e a Adoração é a fonte para unificação do Corpo de Cristo

O ministério de música é importantíssimo, pois os Levitas ministram diretamente ao Senhor, portanto deve ser encarado como um Sacerdócio, como muita seriedade, dedicação e amor.

O OFÍCIO DO LEVITA

“A Música na Adoração a Deus”

Deus sempre quis ser adorado por meio da música. Mas há uma diferença significativa entre o tipo de música que Deus desejava no Antigo Testamento e o tipo que ele autoriza no Novo. O objetivo deste estudo é descobrir nas Escrituras que tipo de música Deus deseja que usemos no culto cristão.

A lei de Moisés

A música que agradava a Deus no Antigo Testamento envolvia o uso de vários instrumentos. Logo após a travessia do mar Vermelho, Miriã e as mulheres de Israel adoraram a Deus com cânticos acompanhados de danças e tamborins (Êxodo 15:20-21). Os profetas dos tempos de Samuel usavam saltérios, tambores, flautas e harpas (1 Samuel 10:5). No período de Davi, Deus era adorado com cânticos acompanhados "com instrumentos músicais" (1 Crônicas 15:16 - 28).

Em 1 Crônicas 16 menciona o uso de alaúdes, harpas, címbalos, trombetas e instrumentos de música (1 Crônicas 16:5, 42). Davi deu instruções específicas para o uso desses instrumentos (veja 1 Crônicas 23 e 25, em que a adoração é descrita detalhadamente). A adoração nos dias de Salomão era semelhante: "e quando todos os levitas que eram cantores, isto é, Asafe, Hemã, Jedutum e os filhos e irmãos deles, vestidos de linho fino, estavam de pé, para o oriente do altar, com címbalos, alaúdes e harpas, e com eles até cento e vinte sacerdotes, que tocavam as trombetas; e quando em uníssono, a um tempo, tocaram as trombetas e cantaram para se fazerem ouvir, para louvarem o Senhor e render-lhe graças; e quando levantaram eles a voz com trombetas, címbalos e outros instrumentos músicos para louvarem o Senhor, porque ele é bom, porque a sua misericórdia dura para sempre, então, sucedeu que a casa, a saber, a Casa do Senhor, se encheu de uma nuvem . . . Assim, o rei e todo o povo consagraram a Casa de Deus. Os sacerdotes estavam nos seus devidos lugares, como também os levitas com os instrumentos músicos do Senhor, que o rei Davi tinha feito para deles se utilizar nas ações de graças ao Senhor, porque a sua misericórdia dura para sempre. Os sacerdotes que tocavam as trombetas estavam defronte deles, e todo o Israel e mantinha em pé" (2 Crôn. 5:12-13; 7:6)

Clarins e trombetas acompanhavam os cânticos de louvor a Deus na época de Asa (2 Crônicas 15:14). Atente para o fato de que nada disso era mera invenção humana; Deus tinha exigido esse tipo de adoração:

"Também estabeleceu os levitas na Casa do Senhor com címbalos, alaúdes e harpas, segundo mandado de Davi e de Gade, o vidente do rei, e do profeta Natã; porque este mandado veio do Senhor, por intermédio de seus profetas" (2 Crônicas 29:25).

Após a volta do cativeiro, a adoração foi conduzida de modo semelhante:

"Quando os edificadores lançaram os alicerces do templo do Senhor, apresentaram-se os sacerdotes, paramentados e com trombetas, e os levitas, filhos de Asafe, com címbalos, para louvarem o Senhor, segundo as determinações de Davi, rei de Israel" (Esdras 3:10).

Na cerimônia da dedicação pelos muros de Jerusalém havia símbolos, alaúdes, harpas e trombetas (Neemias 12:27-36). Como disse Isaías:

"O Senhor veio salvar-me; pelo que, tangendo os instrumentos de cordas, nós o louvaremos todos os dias de nossa vida, na Casa do Senhor" (Isaías 38:20)

O Saltério (Salmos) era o cancioneiro de Israel. Os salmos dão muito destaque ao uso de instrumentos musicais na adoração a Deus:

"Celebrai o Senhor com harpa, louvai-o com cânticos no saltério de dez cordas. Entoai-lhe novo cântico, tangei com arte e com júbilo" (Salmo 33:2-3).

"Então, irei ao altar de Deus, de Deus, que é a minha grande alegria; ao som da harpa eu te louvarei, ó Deus, Deus meu" (Salmo 43:4).

"Salmodiai e fazei soar tamboril, a suave harpa com o saltério. Tocai a trombeta na Festa da Lua Nova, na lua cheia, dia da nossa festa. É preceito para Israel, é prescrição do Deus de Jacó" (Salmo 81:2-4).

Passagens semelhantes encontram-se espalhadas pelos Salmos. O Salmo 92 menciona o uso de "instrumentos de dez cordas" junto com o saltério e a harpa (Salmo 92:1-3). "Celebrai com júbilo ao Senhor, todos os confins da terra; aclamai, regozijai-vos e cantai louvores. Cantai com harpa louvores ao Senhor, com harpa e voz de canto; com trombetas e ao som de buzinas, exultai perante o Senhor, que é rei" (Salmo 98:4-6).

Embora de nenhum modo tenhamos citado todos os textos relacionados à questão, ficou mais que claro que Deus era adorado por instrumentos musicais no Antigo Testamento. As referências são bem freqüentes e não dão margem para dúvida:

"Louvai-o ao som da trombeta; louvai-o com saltério e com harpa. Louvai-o com adufes e danças; louvai-o com instrumentos de cordas e com flautas. Louvai-o com símbolos sonoros; louvai-o com címbalos retumbantes. Todo ser que respira louve ao Senhor. Aleluia!" (Salmos 150:3-6).

Veja também Salmos 147:7 e 149:3.

Gary Fisher

Levitas na Casa do Senhor

LEVITAS: Grupo de pessoas (tribo de Levi) separados para a) levar a arca da Aliança do Senhor, para b) estar diante do Senhor para o servir e abençoar em seu nome (no nome do Senhor) até o dia de hoje (Dt 10:8). Os levitas são aqueles designados para servir na casa do Senhor.

Os levitas não são uma lenda, ou uma ocupação do passado. Coisa do radicionalismo do Antigo Testamento. A grande parte das igrejas hoje, deixam passar a grande importância do papel dos LEVITAS NA CASA DO SENHOR, e por isso muitas vezes não conseguem o comprometimento e a disponibilidade que é necessário a quem serve na casa de Deus. Só quem tem o chamado e a convicção de seu papel de levita pode abraçar a visão e realizar o trabalho que o Senhor estabeleceu para cada um de nós. Dentro da igreja é importante que todos os trabalhadores, levitas, tenham em mente a visão do ministério local. Qual o foco principal. Qual a finalidade específica, o alvo a ser alcançado pelo ministério local.

O verdadeiro levita abraça a visão geral do ministério independente dos seus objetivos pessoais.

Isso aconteceu quando Davi escolheu os primeiros levitas para servirem na casa do Senhor.

A VISÃO DE DAVI: Trazer a Arca da Aliança de volta ao templo. Todos devem abraçar a visão. A visão central dada pelo Senhor é maior do que cada tarefa independente.

Existem características que diferenciam os levitas e os tornam especiais para o trabalho na casa do Senhor.

Os LEVITAS são SANTIFICADOS (separados) para levar a arca de Deus (I Cron 15:2): O trabalho reservado para os levitas só poderia ser realizado por eles. Levitas não podem ser qualquer pessoa que apenas tenha um desejo de servir ou fazer algo na casa do Senhor.

Levitas são separados (santificados) para isso. Não podemos esperar que outros façam o nosso trabalho nem deixar que outras pessoas, que não foram separadas (santificadas) levem a Arca da Aliança do Senhor (a tarefa que Deus nos confiou e nos separou para fazer).

Os LEVITAS não esperam recompensa. A herança dos levitas é o Senhor (Deut 10:8-9): Nenhum dos levitas (os da tribo de Levi) tinham parte na divisão da terra e dos bens. Da mesma forma não podemos esperar recompensa e nem reconhecimento humano pelo nosso serviço na casa do Senhor. Não podemos entrar nesse ministério esperando recompensa natural ou promoção humana.

Fomos separados pelo Senhor e Ele será sempre a nossa herança e Ele proverá a nossa recompensa.

Há uma tendência natural de relacionar LEVITAS a músicos. Isso não é totalmente errado uma vez que os LEVITAS mais destacados eram os que estavam a frente participando da música. Iniciando por esse grupo de Levitas, vemos que eles tinham características específicas que certamente devem ser evidentes nos levitas de hoje.

OS MÚSICOS designados para servirem no templo (I Cron 15:16-24) eram: IRMÃOS – os da mesma família, a família dos levitas, e mesmos interesses. Levitas devem viver em união, em unidade defendendo os mesmos interesses como uma família. Hoje, temos que reconhecer quem são nossos irmãos, aqueles que tem os mesmos interesses (apenas levar a Arca da Aliança do Senhor), que são parecidos e não podem viver separados pois pertencem a mesma família;

OS PERITOS – os que participavam da música, canto e instrumentos, Tinham habilidades específicas nos seus ofícios e o faziam sob Orientação e organização. Todos eram especialistas (I Cron 15:22).

Não podemos admitir amadorismo no serviço da casa do Senhor.

Devemos procurar a perfeição para oferecer sempre o melhor. Se vamos cantar temos que ser peritos em canto. Devemos nos apresentar aprovados (2 Tim 2:15) diante de Deus e dos homens para o serviço na casa do Senhor. Devemos ministrar ao Senhor com arte e perfeição (Sal 33:3). Devemos aperfeiçoar o dom que o Senhor nos deu estudando e nos especializando. O mundo deve reconhecer que os melhores estão servindo na casa de Deus. Além dos cantores, a Bíblia fala de outro grupo de levitas que da mesma forma foram separados para o serviço na casa do Senhor.

Os PORTEIROS . Foram separadas pessoas para guardar e cuidar da Arca, não cantavam nem tocavam,apenas cuidavam da arca. Os Levitas não eram e não são apenas músicos. É necessário pessoas separadas para outros ofícios que dão suporte e contribuem para se alcançar a VISÃO CENTRAL . Pessoas devem estar envolvidas em manutenção, operação e suporte físico e espiritual. Os porteiros eram os que vigiavam a arca, tomavam conta da tenda. Hoje, é necessário que pessoas sejam separadas para vigiar pelo ministério, interceder em oração enquanto outros estão voltados para outros ofícios. Todos são levitas.

Ser levita é muito mais do que ser um mordomo na casa do Senhor, é fazer parte de um ministério muito especial que se caracteriza ainda por vários fatores: Deus ajuda os Levitas : O trabalho dos levitas nunca foi uma tarefa fácil no tempo de Davi, e principalmente nos dias de hoje, onde muitos não tem disponibilidade de servir a Deus em tempo integral, mas mesmo assim atendem ao seu chamado. Contudo os levitas tem a grande vantagem de ter o auxílio de Deus (I Cron 15:26) que está do seu lado e sempre lhes dará o suprimento para realizarem as tarefas para as quais foram designados.

Os levitas, também, oferecem sacrifícios ao Senhor: servir ao Senhor não os exclui do direito de oferecer sacrifícios ao Senhor. Devemos Ter o pensamento que ser um levita é ter mais funções sem excluir nada de nossa vida com Deus. Não estamos fazendo troca nem negociando serviços com Deus. Os levitas são ofertantes, dizimistas e oferecem sacrifícios pessoais ao Senhor;

Todos os levitas, junto com Davi, estavam vestidos com roupa especial: a roupa especial de linho significava a pureza que devemos ter para nos apresentar para ministrar ao Senhor. Todos estavam prontos. Não podemos esperar que apenas o líder, o pastor, o ministro de louvor, estejam vestidos (prontos) para ministrar. Todos devemos estar preparados e da mesma forma, com o mesmo linho (o mesmo nível de pureza, santidade e unção). Isso é fundamental para que a glória do Senhor esteja presente nas ministrações dos levitas. Guiados por Davi e os levitas, todo o povo com alegria levou a Arca da Aliança do Senhor (I Cron 15:28). Isso é revelado hoje como o louvor congregacional que acontece nas igrejas onde todo o povo é guiado a presença de Deus através do louvor e adoração sob a ministração dos levitas.

a. Os levitas ministravam diante da arca (I Cro 16:4) que representa o lugar onde os levitas devem sempre servir. Cada um deve se manter fiel ao seu chamado;
b. Depois disso Davi ordenou a estréia dos levitas publicamente (I Cro 16:7): Todos os levitas apresentados já estavam prontos e já haviam ministrado junto com Davi, oferecido sacrifícios e tinham comunhão. Ministrar publicamente é uma conseqüência, não uma necessidade exclusiva. Levitas não procuram palcos, procuram a presença de Deus. Antes de serem apresentados publicamente os levitas devem já Ter adquirido experiência íntima com Deus, comunhão plena com os seus irmãos e maturidade espiritual para exercer dignamente o seu ministério;
c. Os levitas eram designados nominalmente para ministrarem na casa do Senhor segundo se ordenara para cada dia (I Cron 16:37-42) cantando, tocando e cuidando da arca. Os levitas devem estar sempre em sintonia com a casa do Senhor e seus ofícios. Hoje, não vivemos literalmente na casa do Senhor para ministrar, mas nós somos o templo do Senhor e assim podemos continuamente, mesmo não estando na igreja (templo), podemos ministrar ao Senhor e oferecer sempre o nosso sacrifício (Heb 13:15). A prática de escalas e turnos para ministração é bíblica e deve ser obedecida e aceita quando for necessário; Turnos e funções dos levitas (I Cron 23:1-5): Haviam quatro grupos de levitas: superintendentes, oficiais e juizes, porteiros e músicos.

Os Porteiros também eram habilitados para cuidar da arca segundo a sua necessidade e pelo que o Senhor fizera (I Cron 26:5, 6, 7, 8, 10). Havias vários tipos de porteiros. Hoje há muita necessidade de pessoas para assumirem posições de porteiros na casa do Senhor. Profissionais de manutenção, pessoas para trabalharem nos bastidores muitas vezes não são valorizadas como levitas e por isso poucos são discipulados para esses ofícios;

* Haviam os responsáveis pelo TESOURO (I Cron 26:20-28), o patrimônio e valores da casa do Senhor eram responsabilidade dos levitas
* Haviam pessoas para gerirem os negócios externos a serviço do Senhor e de interesse do rei (I Cron 26:29-30). Atualmente podemos relacionar as pessoas com habilidade de gerir bem os recursos disponíveis do ministério decidindo o que é o melhor para a casa do Senhor. O trabalho do levitas é muito importante e cada vez mais deve ser ensinado tirando a falsa idéia de que apenas músicos são levitas.

OS CANTORES (músicos): profetizar com harpas, alaúdes e símbolos (I Cron 25:1). Esta prática é pouco ministrada e vista atualmente, mas é a perfeita vontade de Deus que músicos e cantores usem seus instrumentos para profetizarem com unção e poder para que haja milagres e prodígios sendo liberados durante o louvor e adoração. Todos os CANTORES eram MESTRES (I Cron. 25:7), isso requer estudo dedicação e aperfeiçoamento para ministrar na casa do Senhor. Outra característica importante dos levitas cantores era que havia mestre e discípulo (I Cron 25:8) e todos trabalhavam juntamente. A prática de formar discípulos é fundamental para que não faltem trabalhadores com habilidade e a mesma visão. Isso requer humildade, disponibilidade e amor pelo trabalho do Senhor.

OS CANTORES, – eram músicos que tocavam e cantavam com alegria. Devemos sempre expressar a alegria que sentimos em ministrar (servir) na casa do Senhor. Devemos faze-lo de forma pública e jubilosa. Os levitas músicos sempre são identificados pela alegria em servir ao Senhor;

Os levitas foram separados por Davi para servirem na casa do Senhor eram quase quarenta mil, contudo, apenas cerca de 3600 eram músicos ou cantores.

Isso mostra a imensa deficiência de levitas que temos nas igrejas atuais. Muitos são levitas e não tem consciência disso, outros não são porque nunca foram ensinados sobre como podem ser e não há nada melhor do que Ter verdadeiros levitas trabalhando na casa do Senhor em todos os departamentos. Os levitas são leais, dispostos, peritos, unidos e abraçam a visão do ministério completamente.

Extraído do livro: A oração poderosa que prevalece Autor: Wesley L. Duewel - Editora: Candeia - Capítulo 25 – páginas 169 a 171

A Dinâmica do Louvor

Deus predestinou que a nossa vida cristã deve trazer louvor e glória a Ele

(Ef 1:5-6). Devemos louvá-lo agora e eternamente (v. 14). Assim sendo, nossos lábios e nosso estilo de vida devem constantemente louvar a Deus. Ele se rejubila em nosso louvor. Devemos começar a Sua adoração com louvor (Sl 100:4; Is 60:18). Devemos louvá-Lo com nossos lábios (Sl 34:1), com cânticos (147:1) e com música (150:3). Devemos vestir-nos de louvor (Is 61:3), e nossas próprias vidas devem louvar a Deus (1 Pe 2:9).

O que o louvor tem a ver com a oração que prevalece? O louvor tanto prepara para a oração que prevalece como é em si mesmo um meio sagrado de prevalecer durante a oração.

1. O louvor dirige nosso coração a Deus. O louvor eleva nosso coração a Deus em adoração, culto e amor. O fato mais importante da oração que prevalece é que ela é feita a Deus. Para que nossa oração tenha valor, precisamos estar supremamente conscientes de Deus. O problema ou necessidade sobre o qual oramos pode parecer imenso, mas devemos ver Deus infinitamente maior, capaz de satisfazer todas as nossas necessidades. O louvor concentra todo o nosso ser em Deus. Hallesby escreve: “Quando agradeço, meus pensamentos ainda giram em redor de mim mesmo, mas no louvor da minha alma ascende em adoração que esquece de si mesma, vendo e louvando apenas a majestade e o poder de Deus, Sua graça e redenção”.

2. O louvor livra o nosso coração de cuidados, temores e pensamentos centrados na terra. Precisamos entrar na presença de Deus e fechar a porta que nos separa do mundo exterior. Para prevalecer eficazmente, devemos esquecer todos os outros deveres, atividades, envolvimentos e preocupações. O louvor fecha a cortina sobre as coisas estranhas. O louvor fecha a porta sobre as idéias intrusas, nossos pensamentos cotidianos e as sugestões satânicas. Ele nos “tranca” com Deus e com os seus anjos.

3. O louvor produz e aumenta a fé. Quanto mais louvamos a Deus, tanto mais nos tornamos conscientes de Deus e absorvidos na Sua grandeza, sabedoria, fidelidade e amor. O louvor lembra-nos de tudo o que Deus pode fazer e das grandes coisas que Ele já fez. A fé vem pela Palavra de Deus e por meio do louvor. A fé cresce à medida que louvamos o Senhor.

O louvor nos dá o espírito de triunfo e vitória. O louvor nos incendeia com zelo santo. Ele nos levanta acima das batalhas, para a perspectiva do trono de Deus. O louvor reduz as forças inimigas. “Se Deus é por nós, quem será contra nós? “ (Rm 8:31). O que o homem pode fazer quando Deus está do seu lado? (Sl 118:6; Hb 13:6). Os exércitos angélicais de Deus a nosso favor são muito maiores do que todos que se opõem a nós (2 Reis 6:16).

August H. Francke, ministro luterano por volta de 1700 e fundador de um orfanato em Halles, na Alemanha, fala de uma época em que estava precisando de uma grande soma de dinheiro. Seu tesoureiro foi buscar o dinheiro. Francke pediu que ele voltasse depois do almoço. O tesoureiro voltou e Francke pediu que retornasse à noite. Nesse intervalo de tempo, um amigo de Francke foi visitá-lo. Os dois homens oraram juntos. Quando Francke começou a orar, Deus levou-o a recordar a bondade do Senhor para com a humanidade, reportando-se até a Criação. Francke louvou a Deus repetidamente pela Sua bondade e fidelidade no correr dos séculos, mas sentiu-se impedido de falar de sua urgente petição. Quando o amigo foi embora, Francke acompanhou-o até a porta. Ali estava o tesoureiro aguardando o dinheiro e a seu lado um homem que entregou então a Francke uma soma considerável que cobriu perfeitamente as suas dívidas.

4. O louvor invoca a presença, o poder e as forças de Deus. Deus manifesta a Sua presença em meio ao Seu louvor. Deus está entronizado em meio às criaturas que O louvam. O louvor de Deus parece chamá-Lo de maneira especial para atuar entre o seu povo, invocando a manifestação e o uso do Seu enorme poder. Nada nos une mais com os anjos de Deus do que nos ajuntar em louvor a Deus, e talvez o nosso louvor e adoração os unam a nosso favor e na resposta às nossas orações. Os anjos ministram incessantemente a nós (Hb 1:14), mas quando prevalecemos em oração fazem isso ainda mais, da mesma forma que ministraram a Jesus no Getsêmani.

5. Huegel conta a respeito de um pastor que desejava um novo despertamento em sua igreja. Ele convocou durante uma semana reuniões só de louvor. No começo, as pessoas não entenderam e ficaram pedindo e suplicando coisas a Deus. Mas o pastor repetiu que não queria nada além de louvor. Na Quarta-feira o culto começou a mudar. Quinta-feira, houve muito louvor, que estava ainda mais evidente na Sexta-feira. No Domingo, “um novo dia tinha raiado. O Domingo foi um dia como a igreja nunca tinha visto. Um verdadeiro reavivamento. A glória de Deus encheu o templo. Os crentes voltaram ao seu primeiro amor. Os corações se derreteram... Algo maravilhoso acontecera. O louvor conseguira isso”.

6. O louvor confunde, restringe, aterroriza e destrói satanás. O louvor afasta os poderes das trevas, espalha os oponentes demoníacos e frustra as estratégias de satanás. O louvor tira a iniciativa das mãos de satanás. Ele é um meio eficaz de resistir a satanás e fazê-lo fugir. Um crente cheio do Espírito, ungido e capacitado, pode atacar as fortalezas de satanás mediante o louvor. Ezequias, Isaías e o povo de Israel da sua época não foram os únicos que afugentaram o inimigo por meio do louvor.

Durante os meus dias de missionário na Índia, os alunos e os professores da escola bíblica para moças de outra congregação estavam orando e jejuando a fim de que uma estudante possessa pelo demônio fosse liberta. Fui chamado para ajudar, mas, me senti incapaz. Enquanto orava, senti o impulso de aproximar-me da moça semi-inconsciente, que vários adultos seguravam a fim de controlar as contorções e os espasmos.

Falei no ouvido dela: “Jai Masih Ki” (vitória para Cristo), a maneira idiomática de dizer “Louvado seja o Senhor” na língua dela. Quando pronunciei esta frase em seu ouvido, ela começou a responder, como se pudesse ouvir minhas palavras. A seguir, fez um esforço para controlar seus lábios cerrados e, quando pôde finalmente abri-los, disse em voz alta: “Jai Masih Ki”. Ficou instantaneamente liberta. A oração e o jejum provavelmente ajudaram a preparar o caminho, mas o louvor foi a arma do Espírito para libertá-la.

Huegel, um experiente missionário do México, disse que muitas vezes em que a oração não traz a resposta o acréscimo do louvor leva à vitória. Ele afirma: “Existe no louvor um poder que a oração não tem. A distinção entre os dois é naturalmente artificial... A mais alta expressão de fé não é oração em seu sentido ordinário de petição, mas oração em sua expressão mais sublime de louvor”.

Extraído do livro: A oração poderosa que prevalece - Autor: Wesley L. Duewel - Editora: Candeia - Capítulo 25 – páginas 169 a 171

Causas que podem contribuir para que o Louvor não flua nos cultos da igreja

Sempre que estou participando de seminários com dirigentes de cultos e com equipes que dirigem o louvor congregacional, a questão que todos querem saber é: O que bloqueia o fluir de Deus no culto da igreja?

Os pastores, via de regra, apontam sempre numa direção: pecado no meio do grupo de louvor, alegam, como se não houvesse também pecado entre a equipe pastoral e demais ministros da igreja! Dias atrás tive que me deter no estudo do tema porque foi essa a acusação que os músicos ouviram do líder da igreja: O louvor não flui porque existe pecado entre vocês! Esse tipo de acusação deixa todo mundo desanimado e é um terreno fértil para a acusação de Satanás. Numa reunião em que fui convidado a ministrar para os músicos, estudamos juntos as várias possibilidades de um culto não fluir como todos gostaríamos.

1. Pecado. Todos concordamos que o pecado é realmente um obstáculo para a manifestação de Deus, impedindo também que os músicos e dirigentes de louvor sintam-se à vontade. Se um dos pastores da igreja, se alguns dos que exercem liderança congregacional e se na equipe de louvor houver alguém que vive sistematicamente na prática do pecado, pode-se pregar o mais eloqüente sermão, ter a melhor e mais afinada equipe de música, que nada acontecerá. Esses dias um pastor me procurou para que eu o ajudasse a resolver um pecado sério que havia na equipe de louvor: três rapazes da equipe estavam incorrendo em prática homossexual. É preferível ter um violão tocando em três acordes do que músicos em pecado. Em geral os demônios se sentem à vontade no meio de crentes pecadores e inflamam a igreja com o mesmo pecado que a liderança está praticando. Um exemplo: se começam a aparecer muitos casos de adultério, é bom examinar o que está acontecendo com a liderança!

"Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça" (Is 59.2).
"Afasta de mim o estrépito dos teus cânticos; porque não ouvirei as melodias das tuas liras" (Am 5.23).
"Aos retos fica bem louvá-lo" (Sl 33.1).
"Cantem de júbilo e se alegrem os que têm prazer na minha retidão..." (Salmo 35.27).

Como se vê, Deus olha mais para o coração do homem do que para seus talentos! A retidão, vida íntegra e sinceridade de coração são mais importantes para Deus que nossos melhores sacrifícios.

2. Mas não apenas o pecado pode ser obstáculo ao fluir de Deus no culto. Um grupo de louvor pode viver consagrado a Deus e no entanto não consegue fluir pela falta de entrosamento entre os músicos. A Escritura não apresenta nenhum caso de falta de entrosamento, mas mostra que, quando há um perfeito entrosamento entre eles, Deus se faz presente na reunião. Em 2 Crônicas 5.11-14 os músicos e cantores estavam em perfeita sintonia musical e espiritual. Temos, então dois tipos de entrosamento: O natural, onde todos tocam e cantam em perfeita harmonia e o espiritual, quando todos estão afinados com a música do céu! Em Neemias vemos Matanias, dirigindo os louvores em perfeita sintonia com seus irmãos (Ne 11.17; 12.8). Ambos são importantes: afinados entre si e com o Espírito Santo! Noutro artigo quero focalizar a importância de encontrar o tom celestial, o tom de Deus!

3. Um terceiro aspecto é a falta de entrosamento entre músicos e dirigente. Encontramos nos dias de Davi a Quenanias, chefe dos levitas músicos. Ele "tinha o encargo de dirigir o canto, porque era entendido nisso" (1 Cr 15.22). Todos os demais seguiam a orientação dele na grande celebração que se fez quando Davi levou a arca da aliança de volta para Jerusalém. Nos dias de Neemias, Jezraías era o maestro que dirigia os músicos e cantores do templo (Ne 12.42). Não adianta ter bons músicos e um péssimo dirigente ou vice-versa. Deve haver uma perfeita coordenação entre eles. O dirigente comanda e a um sinal seu os músicos sabem em que direção devem seguir.

4. Um quarto aspecto que deve ser analisado é a falta de entrosamento entre dirigente e congregação. Se a congregação não está acostumada ao dirigente e vice-versa, se não houver um perfeito entrosamento entre eles, o louvor também não flui. O povo conhece o seu dirigente de louvor. Sabe quando ele está bem ou não. O dirigente também conhece a congregação e pode detectar quando esta está cansada fisicamente, afadigada espiritualmente, etc. O dirigente levanta a mão, faz um gesto, usa o tom de voz, e o povo, que o conhece, segue suas orientações! Qualquer gesto seu é correspondido pelo povo que já se acostumou com ele!

Esdras afirma que "os levitas ensinavam o povo na lei...dando explicações, de maneira que todos entendessem o que se lia" (Ne 8.7,8; 9.3-5). O dirigente ensina a congregação e esta passa a fluir com ele em tudo o que ele disser e fizer!

"Gloriar-se-á no Senhor a minha alma; os humildes ouvirão e se alegrarão. Engrandecei o Senhor comigo e todos à uma lhe exaltemos o nome" (Sl 34.2,3).

Juntos eles glorificam a Deus! "Vestirei de salvação os seus sacerdotes, e de júbilo exultarão os seus fieis" (Sl 132.16).

5. Um quinto aspecto que não deve ser desprezado é quando existe estafa, fadiga e canseira dos componentes do grupo. Aqui é bom discutir primeiramente a canseira física. Davi foi bastante sábio quando estabeleceu que cada grupo de louvor ficaria apenas uma hora no templo cantando e adorando a Deus (Veja 1 Crônicas 25). Mais de uma hora e começa a canseira. Imagine os músicos que às vezes tocam em vários cultos no mesmo dia!

Existe também um tipo de situação que deixa os músicos abatidos. Eles se esforçam em fazer o melhor para Deus, mas a liderança pastoral não contribui adquirindo o equipamento que eles precisam. Existem pastores que não sabem investir numa boa aparelhagem de som, em retornos para a plataforma, numa boa bateria acoplada à mesa de som, teclados, instrumentos, etc. E essas coisas deixam os músicos desanimados! Nos dias de Neemias os levitas encarregados do serviço do templo, sentiram-se desanimados e foram cada um para sua cidade (Ne 13.10). Foram abandonados pela liderança!

Sinto pena de alguns grupos de dirigentes de louvores que fazem o melhor que podem, mas não são correspondidos pela liderança da igreja. É triste quando se tem que fazer "muletas" ou festinhas e almoços para se angariar fundo para equipar a igreja de bons instrumentos e de um bom sistema de som. Isso jamais deveria ocorrer. A igreja deve contribuir e o tesoureiro abrir o cofre! Não é sem razão que muitos de nossos músicos "fogem" para os campos como aconteceu com os levitas no tempo de Neemias. O desânimo e a canseira, são obstáculos ao mover de Deus nas reuniões da Igreja!

6. É necessário analisar um sexto aspecto: Estafa, fadiga e canseira da congregação. E a análise tem que ser feita no âmbito físico e espiritual. No âmbito físico, o povo pode andar emocionalmente abalado por problemas na congregação e no âmago espiritual o povo pode estar desgastado espiritualmente. O que desgasta espiritualmente uma congregação? Tempo muito prolongado no louvor; pregações muito grandes. Exigências demasiadas para que ofertem e contribuam além de suas posses. Falta de variedade nos temas bíblicos pregados, etc.

Uma congregação que não tem expectativa do que vai ocorrer no culto e que já sabe na ponta da língua o que vem a seguir passa a viver dentro de uma rotina; e rotina cansa, tortura, mata e massacra espiritualmente a igreja. Quando o povo não tem mais expectativa de que algo novo pode ocorrer, alguma coisa está errada com a liderança pastoral. A ausência de milagres, de manifestações do Espírito Santo, de uma palavra viva, de conversões, de libertação deixam a igreja fadigada espiritualmente. Conseqüentemente o louvor não flui. Pode-se ter a melhor e mais treinada equipe de música, os melhores equipamentos, que nada ocorrerá! Lindos corais, muita coreografia e poucos resultados espirituais!

"Algo novo vai acontecer; algo bom Deus tem pra nós; reunidos aqui, só pra louvar ao Senhor", diz o cântico traduzido do inglês.

Deus é a fonte da motivação. Nos dias de Neemias o povo ofereceu grandes sacrifícios "e se alegraram; pois Deus os alegrara com grande alegria; também as mulheres e os meninos se alegraram, de modo que o júbilo de Jerusalém se ouviu até de longe" (Ne 12.43; 8.9-12).

Donald Stoll escreveu o cântico, "Lançarei fora o espírito pesado; me vestirei com as vestes do louvor; e assim eu entrarei na presença do Senhor".

7. Este sétimo aspecto, apesar da semelhança com o anterior, tem outro sentido. A congregação vive alienada com tudo o que está ocorrendo. É possível que a turma do louvor esteja consagrada a Deus, jejuando, orando, estudando, ensaiando e chegue nos cultos com todo gás, mas a congregação não corresponde, porque não jejua, não ora, não estuda nem se consagra a Deus! São os alienígenas dominicais!

Davi, os sacerdotes e os levitas bem como grande parte do povo estavam participando de um grande avivamento espiritual. Desde os dias de Samuel não se experimentava um tipo de avivamento como o daqueles dias. Música, danças, ministrações, o reino se firmando, mas Mical, estava alienada de tudo! Enquanto Davi dançava com todas as suas forças, enquanto os sacerdotes tocavam as trombetas e sacrificavam e o povo jubilava, Mical desprezou tudo aquilo em seu coração. Ela desprezou a Davi (2 Sm 6.14-23).

Mical representa algumas igrejas que ficam estéreis por toda vida por desprezarem o que Deus está fazendo em seu meio. Uma igreja estéril não frutifica, ano após ano continua igual. Engorda e envelhece sem gerar filhos! (Ver ainda 1 Crônicas 15.28,29).

8. Um outro aspecto que precisamos observar são os cânticos difíceis de serem entoados pela congregação. Cânticos com letras truncadas, sem fluência poética, sem métrica; músicas cuja linha melódica é difícil de ser acompanhada, sem definição, etc. Há cânticos antigos com melodias difíceis de serem entoadas mas que têm definições, como Ao Deus de Abraão Louvai, Castelo Forte, e no entanto, muitos dos novos cânticos têm uma melodia indefinida, truncada; e cânticos assim impedem o fluir do verdadeiro louvor.

Nossos dirigentes de louvores precisam entender que nem todos os cânticos são congregacionais. Alguns cânticos são escritos para solistas, outros para corais, e outros, sim, para serem cantados por toda a congregação. O que percebo é que muitos dos cânticos trazidos para a congregação não servem para serem cantados por todos, e sim por solistas. Nem tudo o que aparece no mercado musical deve ser usado pela igreja. Isto pode ser evitado, escolhendo-se cânticos próprios para o povo cantar Um bom líder saberá definir o que o povo deve cantar.

Outra coisa boa de se fazer é escolher cânticos de vários autores, e não apenas de um só compositor, pois estes têm a tendência de viciar-se na mesma linha melódica. Ouvir um Cd com músicas de um mesmo autor, às vezes, é enfadonho.

"Então cantou Israel este cântico: Brota, ó poço! Entoai-lhe cântico!" (Nm 21.17). Se todo Israel cantou, por certo era de fácil compreensão e melodicamente aceito.

"Então entoou Moisés, e os filhos de Israel, este cântico ao Senhor, e disseram: Cantarei ao Senhor,, porque triunfou gloriosamente" (Ex 15.1). Novamente um cântico acessível a todos.

9. Hinos difíceis de serem tocados pelos músicos da igreja. Convenhamos: nem toda igreja tem músicos profissionais. A maioria de nossos conjuntos é feita de gente que se esforça, que quer aprender, que se esmera no que faz, mas não é formada em música. Conseqüentemente, determinadas músicas podem se tornar difíceis de serem executadas. Agregue-se a isso o fato de que muitos dos hinos modernos traduzidos do inglês ou gerados em solo estrangeiro são "incontáveis" pela média de nosso povo e "intocáveis" por nossos músicos! A começar pelas péssimas traduções ou versões em que, procurando ser fiéis à letra do idioma original os tradutores colocam diante de nós letras truncadas, sem poesia e sem beleza alguma!

Muitas vezes visitando pequenas e grandes congregações pelo Brasil percebo a dificuldade dos músicos e dos irmãos que querem cantar músicas do Alvin, do Ron Kenoly, etc. São músicas que os americanos cantam muito bem em seus shows musicais, mas difíceis de serem tocadas por nossos músicos e cantadas pela igreja!

"Entoai-lhe novo cântico, tangei com arte e com júbilo" (Sl 33.3)

10. Um dos obstáculos maiores, no entanto, é a falta de sensibilidade dos músicos e dos dirigentes ao Espírito Santo. Não se pode escolher cânticos só porque gostamos daquele estilo, ou de sua melodia e letra. Precisamos estar atentos ao que o Espírito Santo quer para o culto da igreja. Muitas vezes um cântico começa a fluir deixando a igreja livre na presença de Deus, mas na lista do dirigente tem um outro que vem a seguir e, ele na ânsia de aproveitar o tempo e cantar todos aqueles hinos, tira a igreja do trilho certo. Um culto pode fluir em Deus com poucos ou com muitos cânticos. O bom culto não precisa que o dirigente fique dando manivela. Ele começa bem e termina melhor ainda!

Davi ouvia a Deus: "Uma vez falou Deus, duas vezes ouvi isto: Que o poder pertence a Deus" (Sl 62.11). A abundância de cânticos, salmos e palavra era tanta que Paulo pergunta: "Que fazer, pois, irmãos....?" (1 Co 14.26). Como Paulo que queria ir para um lugar e o próprio Espírito o impedia, pode ocorrer também com os dirigentes de louvor: eles querem seguir numa direção, mas o Espírito Santo tem outra bem melhor (At 16.6-10).

11. Falta de resposta da congregação ao dirigente. Não estou de forma alguma repetindo o item 4. Naquele caso é a falta de entrosamento entre o dirigente e a congregação. Nesse caso, o dirigente é excelente, mas a congregação não responde à altura o que o dirigente pretende. O dirigente está afinado, sensível a Deus, mas a congregação não corresponde ao que ele quer. Você deveria ver o que diz o Salmo 98. Ou o Salmo 103.19-22 onde o autor propõe aos anjos, aos ministros, às obras de Deus que levantem a voz em louvor, o Todo-Poderoso!

Geralmente isto ocorre quando o avivamento na igreja não atinge a todos. Costumo dizer que houve um avivamento departamental. O pessoal do louvor anda a mil, mas a congregação reage a passos de lesma! Os jovens estão "pegando fogo" enquanto os demais sentam-se em bancos de geladeira.

12. Falta de motivação da Igreja. Deus deve ser o grande Motivador da Igreja. Como diz Davi: "Tu és motivo para os meus louvores constantemente" (Sl 71.6). Ou como ele afirmou noutro lugar: "Os teus decretos são motivo dos meus cânticos, na casa da minha peregrinação (Sl 119.54). Davi instituiu a ordem levítica de adoração, baseado unicamente em Deus e nos seus gloriosos feitos (1 Cr 16.7-12).

A motivação da igreja é Deus e não a música bonita, os bons músicos, os ótimos instrumentos e um ambiente propício de adoração. Vitrais coloridos e paramentos servem de inspiração para a carne, mas o verdadeiro louvor flui quando Deus é a fonte de todas as coisas! Deus é o grande inspirador e motivador. E o louvor pode fluir muito bem num antigo depósito transformado em lugar de culto sem muitos instrumentos musicais.

Melhor ainda quando uma congregação tem tudo o que falei e tem também a Deus como inspirador de seus louvores.

13. Alienação total dos dirigentes, músicos e pastores. Com freqüência observo que os pastores costumam ficar totalmente alienados com o que está ocorrendo no culto. Se os pastores estiverem alienados, nada ocorrerá com a igreja. Às vezes quando prego em algumas igrejas observo que os pastores ficam durante o tempo de louvor atendendo o celular, falando com algum obreiro, resolvendo questões da igreja completamente à parte do que está ocorrendo no culto. Um pastor chegou a dizer-me assim: "Pode chegar lá pelas oito e meia, na hora de pregar, porque a primeira parte é dos jovens. Eles dirigem os louvores". Fiz questão de chegar bem cedo para ter um tempo de oração com aqueles valorosos guerreiros determinados a levar a igreja a mover-se em Deus. Pena que logo a seguir, o "bombeiro", como eles dizem, chega e apaga o fogo!

Estude esses temas com os músicos de sua igreja e ampliem-no com problemáticas de sua própria congregação. Um participante de nosso seminário chegou a contabilizar "20 obstáculos porque o louvor não flui...".

João A de Souza Filho

DANÇA – ATITUDE DE LOUVOR

Nos dias de hoje temos muitos conceitos sobre dança, sendo em sua maioria o de que ela induz a expressões carnais, o que não é verdade quando há uma atitude pura, feita no espírito diante do Senhor.

A dança é o reflexo de sentimentos contidos em nosso ser e acontece em várias ocasiões:

Quando Davi foi ungido por Samuel (I Sam 16:13), o Espírito do Senhor se apossou dele e desde aquele dia foi cheio do Espírito.

Em II Samuel 6: 12 - 16, Davi extravasa toda sua alegria dançando diante do Senhor por estar transportando a Arca para Jerusalém, que representava a presença de Deus no meio deles.

"Então disseram a Davi: O Senhor abençoou a casa de Obede-Edom, e tudo o que tem, por causa da arca de Deus. Assim foi Davi, com alegria. Quando os que levavam a arca do Senhor tinham dado seis passos ele sacrificava bois e carneiros cevados. Davi dançava com todas as suas forças diante do Senhor, e estava Davi cingido de uma estola sacerdotal de linho. Assim Davi e toda a casa de Israel subiam, trazendo a arca do Senhor com júbilo e ao som de trombetas.

Quando a arca do Senhor entrava na cidade de Davi, Mical, a filha de Saul, estava olhando pela janela. E vendo ao rei Davi, que ia saltando e dançando diante do Senhor, o desprezou no seu coração".

Vemos aqui o exemplo de um homem segundo o coração de Deus, cheio do poder e do Espírito, expressando toda sua alegria dançando na presença do Senhor.

Em Êxodo 15:20 e 21, vemos Miriã, uma profetisa com muitas mulheres saírem com tamborins e com danças cantando ao Senhor pela vitória de Israel, pelo povo que saíra ileso do Egito, terra onde eram escravos.

Miriã, a profetisa (os profetas eram pessoas cheias do Espírito de Deus) dançou pela vitória do seu povo.

"Então Miriã, a profetisa, irmã de Arão, tomou um tamborim, e todas as mulheres saíram atrás dela com tamborins e com danças. E Miriã lhes respondia: Cantai ao Senhor, pois sumamente se exaltou, lançou no mar o cavalo e o seu cavaleiro".

As mulheres hebraicas exprimiam por meio da dança os seus sentimentos; quando seus maridos ou pessoas amigas voltavam a suas casas, vindo do combate pela vida e pela pátria, saíam elas ao seu encontro com danças de triunfo.

Nos nossos dias não deve ser diferente. Podemos e devemos também ser cheios do Espírito Santo de Deus e dançar diante dEle, extravasando a nossa alegria, saltando, dançando diante do Senhor pela vitória de Jesus na cruz derrotando todo principado, potestade e dominadores deste século que eram contra nós ( Col. 2:15), nos libertando do mundo e nos transportando para um reino de luz, purificando nossa consciência pelo sangue do Cordeiro e nos dando a esperança da vida eterna.

As danças não param por aí. Em I Samuel 18:6 e 7, temos outro exemplo:

"Quando os soldados retornavam para casa, depois de Davi ter ferido o filisteu, as mulheres de todas as cidades de Israel saíram ao encontro do rei Saul, cantando e dançando alegremente, com tambores e com instrumentos de música. As mulheres, dançando, cantavam umas para as outras, dizendo: Saul feriu os seus milhares, porém Davi os seus dez milhares".

Jesus citou em uma parábola a dança como louvor e ações de graças por um filho que se havia perdido e foi achado (Lucas 15:25 - parábola do filho pródigo).

Existe uma razão específica do povo de Deus em dançar: a de que Ele se alegra com isto. Deus se alegra de que seus filhos dancem na sua presença, pois Ele próprio promete restaurar as danças de seu povo:

"Naquele tempo, diz o Senhor, serei o Deus de todas as tribos de Israel, e elas serão o meu povo... o povo que escapou da espada achou graça no deserto... com amor eterno te amei, também com amorável benignidade te atraí... ainda te edificarei e serás edificada, ó virgem de Israel. Ainda serás adornada com os teus adufes, e sairás com coro de dança, e também os jovens e os velhos, e tornareis o seu pranto em júbilo e os consolarei; transformarei em regozijo a sua tristeza". (Jeremias 31: 1-4, 13)

Se você nunca expressou-se a Deus dançando, eu o convidaria a fazê-lo conforme as escrituras nos convidam: Salmo 149:3 - "Louvem o seu nome com danças; cantem-lhe o seu louvor com tamborim e com harpa".

Certamente quando você o adorar com sua dança, o próprio Deus te encherá com alegria, com cânticos, com toda sorte de bênçãos e te mostrará a vitória.

Rev. Dionísio de Paula Santos (IPCM)
Pr. Evandro Lippi (Igreja Cristo Vida - (Guaratinguetá-SP))